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Samsung aposta em onda de smartphones com telas curvas

Galaxy Note Edge, celular top de linha da Samsung que possui uma tela curva na lateral | Fabrizio Bensch/Reuters
Galaxy Note Edge, celular top de linha da Samsung que possui uma tela curva na lateral (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)

A Samsung Electronics planeja retomar sua posição de destaque na indústria global de smartphones - que vem desmoronando devido à concorrência com celulares de baixo custo - intensificando as apostas em dispositivos de ponta com telas curvas, repletos de tecnologias avançadas, que são difíceis para rivais copiarem.

No entanto, enquanto a gigante sul-coreana busca fazer com que dispositivos como o Galaxy Note Edge, com tela curva rígida, se destaquem em um oceano de aparelhos com telas planas e grandes, o lucro dependerá de uma produção com eficiência de custos e da personalização de aplicativos para o novo formato por parte de desenvolvedores.

A Samsung está rumando para o seu pior lucro anual em três anos, conforme empresas chinesas como a Xiaomi Technology e a Lenovo atraem clientes com a oferta de smartphones totalmente funcionais, com tela sensível ao toque e que são mais baratos. Apenas a Apple conseguiu manter uma marca inteiramente premium.

A mudança coletiva da indústria na direção de telas maiores faz com que seja mais difícil conseguir designs distintos, disse Kim Nam-su, um designer sênior da Samsung e um dos arquitetos do Note Edge. "Uma mudança na plataforma pode trazer uma variedade de novas considerações. Acredito que uma tela curva é uma grande solução para superar estes desafios", disse ele.

Ao mesmo tempo que a Samsung caminha para o que analistas dizem que pode ser uma queda de quase um terço no lucro operacional deste ano, a companhia está lançando mais telefones de médio custo para lutar contra rivais mais baratos.

No entanto, uma vantagem em alta tecnologia para o mercado de luxo também pode ajudar a empresa a competir numa indústria que deve crescer para US$ 331 bilhões até 2018, ante US$ 289 bilhões neste ano, segundo a empresa de pesquisas CCS Insight.

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