Cartazes em postes e pontos de ônibus, anúncios em rádios, posts no Facebook. Quem já viu o cachorro ou gato escapar pelo portão de casa e sumir pela esquina sabe como a procura pelo paradeiro do animal pode ser uma tarefa árdua e infrutífera. O curitibano Guilherme Zanoni, 29 anos, passou pelo apuro. Conseguiu recuperar o cachorro de estimação e, recomposto do susto, enxergou na experiência uma oportunidade de negócio. Assim surgiu o aplicativo TagMyPets, uma rede social colaborativa que quer facilitar a vida de quem perdeu um animal e também de quem o encontrou e quer entregá-lo de volta ao lar.
Lançado semana passada de forma gratuita para celulares com Android,o app permite que usuários publiquem em um mapa imagens e dados de pets que perderam, solicitando ajuda. Da mesma forma, quem encontrou o animal pode incluir a foto no mesmo mapa, utilizando a geolocalização dos aparelhos.
O TagMyPets utiliza para registro os perfis do Facebook dos usuários, o que faz com que os pedidos por ajuda possam ser compartilhados na rede social. As conversas e a troca de informações sobre os animais também são feitas por meio do chat da rede.
"A ideia principal do app gira em torno da funcionalidade de achados e perdidos. Queremos auxiliar as pessoas que perderam seus pets e aquelas que encontraram, porque muitas vezes elas não sabem como agir nessas horas. Criamos um canal específico para atender esse problema", explica Zanoni, co-fundador da startup ao lado do amigo João Paulo Saraiva. Ambos trabalham na mesma empresa de cosméticos, como consultores de Tecnologia da Informação (TI).
Serviços
Além do serviço de achados e perdidos, o TagMyPets também possibilita que o usuário encontre estabelecimentos localizados nas imediações, como petshops, clínicas veterinárias e serviços de leva e traz ao entrar no app, a primeira imagem que surge é a do mapa da região do usuário, também por meio da geolocalização do aparelho.
A divulgação dos estabelecimentos é uma das maneiras que a startup encontrou para tentar capitalizar o negócio, por meio de parcerias com os serviços e profissionais veterinários. A intenção é lançar no futuro uma nova versão do aplicativo, em que seria possível "linkar" o perfil do animal no app diretamente com o sistema dos estabelecimentos hoje, o programa já traz uma espécie de "diário" do animal, em que o usuário coloca o calendário das consultas, tipo de alimentação e outras informações.
Inovação
O aplicativo foi lançado com foco em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais mas, em tese, a funcionalidade de cadastrar animais perdidos ou encontrados pode ser usada em qualquer cidade do mundo, já que a inserção dos dados fica por conta do usuário e a visualização do mapa é automática.
Agora, o próximo passo de Guilherme e João Paulo é buscar investidores para ampliar a atuação do app e viabilizar um novo produto que foi a verdadeira inspiração para a criação da startup: uma espécie de coleira digital que, implantada no pet, permitiria ao dono acompanhar à distância pelo smartphone o paradeiro do animal. As possibilidades são diversas, afirma Guilherme o smartphone poderia soar um alarme, por exemplo, caso o cachorro se distanciasse demais.
"Foi a ideia que deu origem a tudo isso, mas ainda estamos estudando a viabilidade. Já importamos peças e montamos alguns dispositivos. Hoje no Brasil não encontramos esse tipo de equipamento", relata.
No site da startup (http://www.tagmypets.com/) é possível encontrar mais informações sobre o aplicativo e se cadastrar para receber novidades e até participar de testes para as novas funcionalidades.
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