- Samsung aposta em onda de smartphones com telas curvas
- Número de assinaturas de planos para smartphones deve mais do que dobrar até 2020
- Varejista aceita celulares usados na compra de aparelhos da Apple
- Investida da Apple no meio empresarial se intensifica
- Quando os iPhones tocam, o mercado escuta
- Apple divulga preços do iPhone 6 e iPhone 6 Plus no Brasil
- Samsung Galaxy Note 4 chega ao Brasil por R$ 2.900
A resposta para a pergunta do título, convenhamos, já é esperada: depende. Isso porque é preciso levar em conta muitos fatores, como o dinheiro disponível no bolso, o que você espera fazer com o celular, se você considera marca algo importante, se já tem um iPhone ou se está vindo de um Android, um Windows Phone ou se nem isso.
Para ajudar na decisão, compartilhamos o que achamos dos novos iPhone 6 e iPhone 6 Plus, após uma análise detalhada dos celulares.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
O choque inicial pode ser diferente para cada tipo de pessoa. Se você nunca teve nas mãos um celular com mais de 4 polegadas (tamanho mais usual entre os smartphones atualmente), e isso envolve os donos de iPhones passados, a sua primeira frase certamente será: "É grande, né?". É. Tanto o iPhone 6 (com 4,7) como o 6 Plus (com 5,5) chamam a atenção pelo tamanho de suas telas.
Se você já está mais acostumado com smartphones grandalhões ou até já usou um dos Galaxy Note, como o 3 (que tem 5,7), ou um da linha G da LG, como o LG G3 (de 5,5), o máximo que daria para esperar é algo como: "É fino, né?". É. O iPhone 6 Plus tem 7,1 mm de espessura, enquanto os últimos modelos dos concorrentes, como o Galaxy Note 4 e o LG G3 têm 8,5 mm e 8,95 mm, respectivamente.
Se você é mais cético quanto a esses detalhes, não seria surpresa ouvir algo como: "Esse é o novo? É bonito, hein?". É. Seria estranho se não fosse. A Apple é conhecida - uma herança de Steve Jobs - por se dedicar muito ao design. Desta vez, ela resolveu abandonar o visual mais quadradão dos iPhones anteriores, como bordas retas, e optou por retornar a um estilo mais próximo dos modelos clássicos da Apple e o deixou absolutamente sem quinas, todo arredondado. Inclusive o vidro da tela segue o novo padrão, dando, às vezes, a sensação de que se trata de uma tela curva - mas não.
O QUE TEM DE BOM?
Ignorando atributos dos concorrentes, os pontos mais altos dos novos iPhones são mesmos os listados acima: seu tamanho e design. Internamente, o que se deve prestar muito atenção é em não confundir o que é exclusivo dos iPhones 6 e o que é melhoria do iOS 8. Assim, ao menos cinco elementos merecem ser destacados:
Câmera: A Apple parece ter entendido que 8 megapixels está de bom tamanho e ninguém precisa de mais que isso em um celular. As melhorias, no entanto, devem vir de outros lados. Além de pequenos avanços, como a possibilidade de gravar vídeos com mais frames, o maior avanço que a câmera traz é o recurso de estabilização. Para vídeo, está presente nos dois aparelhos; para foto, só no 6 Plus. No teste que fizemos, andando a pé ou de carro, a câmera consegue manter uma imagem firme e, de alguma forma, grava a sequência sem balançar ou tremer tanto quanto seu operador. Para entender melhor como essa melhoria é relevante, veja o ótimo vídeo abaixo, feito pelo GSMArena.
Bateria: Nesse quesito, destaca-se o iPhone 6 Plus. Para efeito de comparação (puramente técnica), segundo o iFixit, o grandalhão vem com uma bateria de 2915 mAh, enquanto o iPhone 6 conta com uma de 1810 mAh (o anterior, 5s, tinha algo próximo a 1500 mAh). Em termos práticos, isso tem de ser analisado levando-se em conta o desempenho do processador e do resto do aparelho. Não adianta ter uma ótima bateria ao lado de componentes e software que a sugam de forma desnecessária. É aí que o iPhone 6 Plus sai na frente. Comparando com concorrentes, o miliampere-hora do Plus é menor (LG G3 tem 3000 mAh; e o Samsung Galaxy Note 4 tem 3220 mAH), mas resiste mais horas.
Veja essa comparação feita pelo Toms Guide com um Galaxy Note 3 (3200 mAh). O iPhone 6 Plus aguenta até 10 horas, e o Note segue atrás com pouco menos. O iPhone 6 perde nesta comparação e também na feita com o Samsung Galaxy S5. O aparelho com tamanho mais tradicional da Apple só sai na frente mesmo na disputa com o LG G3.
Games: Os novos iPhones beneficiam muito o "gamer" e a indústria jogos digitais em geral. Aqui também há que se levar em conta um pequeno conjunto de fatores. Os aparelhos em si propiciam uma melhor experiência para quem vai usá-los para jogar. Isso em função da sua tela que, segundo a Apple, tem 285% mais pixels que o antecessor, e seu processador A8, que teoricamente oferece 25% a mais de velocidade e 50% de performance nos gráficos. Os benefícios para a indústria são mais evidentes, isso porque não há como negar que telas maiores são melhores para games. Ao colocar no mercado celulares com telas de 4,7? e 5,5?, a Apple faz a alegria de quem joga e de quem desenvolve, pois, este, ganha a possibilidade de incluir mais detalhes e informações na tela.
Soma-se a isso, o fato de a Apple ter inserido no iOS 8 o que ela chamou de "Metal", ferramenta para desenvolvedores que facilita o processo de criação do game, permitindo-lhe usar mais do poder gráfico dos dispositivos. Na época de lançamento dos novos iPhones nos EUA, a Apple separou inclusive uma lista de games que já estariam otimizados como o novo recurso - vale notar que o MOBA Vainglory, um dos destaques, não está disponível no Brasil.
A nova ferramenta, no entanto, faz diferença? O AppSpy fez o teste jogando o mesmo jogo no iOS 7 sem Metal e no iOS 8 com Metal. Veja por você mesmo:
Na nossa humilde avaliação, a mudança não é tão impactante visualmente, mas podemos ver no game Plunder Pirates durante o nosso próprio teste (evidenciado no gif reproduzido abaixo), os ganhos estão nas possibilidades que o desenvolvedor ganhou de implementar mais detalhes de sombra, profundidade e textura aos seus jogos.
NFC: Pela primeira vez, a Apple incluiu em seus celulares a tecnologia NFC, que permite a comunicação entre dispositivos mediante aproximação física. Não se trata de nenhuma novidade, já que aparelhos com Android já contavam com o recurso há alguns anos.
O recurso ganhou utilidades como identificação (sendo usado em catracas para entrar em um evento no qual se fez necessário inscrição, por exemplo, ou potencialmente como chave de carro ou casa), pagamentos (acionando ferramentas de pagamento móvel ou ainda substituindo cartões ou bilhetes de transporte público) ou de compartilhamento de arquivos entre celulares.
No caso da Apple, seu uso está exclusivamente voltado para atender o Apple Pay, sistema de pagamento móvel da empresa - que, por enquanto, não anunciou nenhum acordo com os bancos brasileiros para habilitar o seu uso com cartões nacionais.