Brasileiros podem viajar para todos os países da América do Sul, com exceção das Guianas, usando como documento de identificação apenas a carteira de identidade, mas é preciso ficar atento às regras para evitar problemas. Dependendo do tempo desde a data de emissão do documento e da foto usada, nem todos os países aceitam e viajar sem o passaporte ou a identidade pode ser um risco de não chegar ao destino.
Atualmente, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru permitem a entrada de brasileiros com o RG, mas o mesmo acordo do Mercosul prevê que as autoridades possam pedir outro documento caso a fotografia “gere dúvidas” sobre a identidade do viajante.
“A autoridade vai avaliar se a foto se parece com a pessoa que está embarcando e se o documento não é muito antigo. Na maioria das vezes não vai haver problemas, mas não podemos excluir a possibilidade de a identidade ser negada”, explicou a advogada Ana Paula Dias Marques, coordenadora da área de imigração e negócios internacionais da Nelson Wilians & Advogados Associados, em entrevista à Gazeta do Povo.
Ela explica ainda que oficiais da imigração da maioria dos países acaba adotando este padrão a regra sobre o documento de identidade ter validade de dez anos para o deslocamento entre os países. O mesmo vale para funcionários de empresas aéreas, que podem negar o documento antes mesmo do embarque.
Embarque
As companhias aéreas destacam a necessidade de o documento de identidade estar em bom estado e permitir a identificação do passageiro. “Para voos internacionais, os colaboradores da companhia são orientados a recusarem documentações inválidas para o embarque, como cópias, mesmo quando autenticadas, carteiras estudantis e de categorias profissionais (CRM, OAB, CREFITO, dentre outras), CNH ou qualquer outro documento não descrito anteriormente e que esteja em mau estado ou não possibilite a identificação do passageiro”, informou a assessoria de imprensa da Gol.
Um dos órgãos consulares procurados pela reportagem, a embaixada do Chile explicou que as práticas de imigração chilenas observam três situações relacionadas ao RG brasileiro: documento muito antigo, emitido há mais de dez anos; RG com foto desatualizada; e documento rasgado, danificado, deteriorado e descolorido (especialmente a área do nome e fotografia do RG).
Em caso de dúvida, leve o passaporte
A tentativa de embarcar com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou carteiras profissionais é um erro comum. Por isso é recomendado o uso de passaporte, mesmo para os países que não exigem o documento. Para Ana Paula Dias Marques, a opção de levar o passaporte não chega a ser uma recomendação, já que problemas com a identidade são casos isolados. Mas ela reforça que o passaporte pode dar uma segurança maior à viagem.
“Ninguém pode te dar 100% de garantia de entrada em qualquer país. Quem vai garantir isso é o oficial que está fazendo o carimbo nos documentos. É um direito soberano de cada país permitir ou não a entrada, assim como do Brasil”, lembra a advogada.
De carro ou ônibus
A regra é válida também para quem circula de carro ou ônibus entre os países. lembrando que a carteira de motorista só é aceita na fronteira de Foz de Iguaçu, mas permite viajar no máximo 30 km território argentino adentro.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião