13 atrações fizeram parte da 10ª Parada da Diversidade ontem em Curitiba, entre DJs, artistas locais e drag queens, com o apoio de entidades e a distribuição de camisinhas e a divulgação de testes gratuitos para o HIV. A concentração teve início às 11 horas, na Praça 19 de dezembro, seguiu até a Nossa Senhora de Salete, onde ficou até a noite.
O clima da Parada da Diversidade de Curitiba LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) foi de festa, mas também de protesto ontem. Em sua 10.ª edição, o evento deste ano teve como tema "Por um Paraná sem homofobia, lesbofobia, transfobia, machismo e racismo" e contou com discursos inflamados a favor de leis que garantam os direitos dos homossexuais e contra o preconceito e a violência de gênero.
A concentração teve início às 11 horas, na Praça 19 de Dezembro (Homem Nu), e seguiu rumo à Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, por volta das 15 horas. O evento, organizado pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad), foi até as 21 horas e teve a participação de cerca de 60 mil pessoas, conforme a entidade. Até o início da tarde, não houve qualquer caso de tumulto ou violência.
Com a presença maciça de jovens e adolescentes, a passeata teve uma atmosfera de tranquilidade e de celebração. Além de homossexuais e transgêneros, o evento contou com a presença de heterossexuais de todas as idades. O casal Hugo Cezar Cardoso, de 21 anos, e Jéssica Tadra, de 16, por exemplo, saíram de casa para aproveitar e apoiar o movimento. Para Cardoso, passeatas como esta são importantes para "mostrar que os gays são pessoas normais, como qualquer um."
Por outro lado, o cozinheiro Renato Guedes, de 25 anos, participa desde as primeiras edições do evento. Ele defende que a Parada da Diversidade seja, sim, uma festa, mas que não perca a sua característica política. "O evento é uma forma de criar uma consciência de que os homossexuais têm os seus direitos e que serve de uma forma de dizer à sociedade que eles existem e que devem ser felizes como eles são", avalia Guedes.
A transgênero Natallia Stronger, de 19 anos, concorda que a Parada retome a sua característica de protesto. "Ela precisa ser mais do que uma balada, mas uma manifestação de luta pelos nossos direitos."
Para o coordenador-geral da Appad, Thon Cris, a passeata deste ano buscou cobrar mais o Poder Público por políticas em favor dos homossexuais e transgêneros e pelo fim da homofobia e do preconceito. Na opinião dele, com o passar dos anos a Parada ganhou mais adesão da população curitibana e de outros movimentos, como o das feministas e dos negros, o que contribuiu para uma pauta coletiva.
A 10.ª Parada da Diversidade contou com 13 atrações, entre DJs, artistas locais e drag queens, com o apoio de entidades e sindicatos e com a distribuição de camisinhas e a divulgação de testes gratuitos para o HIV.
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