Na madrugada deste domingo de Páscoa (31), por volta das 3h30, 11 presos fugiram da Delegacia da Polícia Civil de Campo Largo, região metropolitana. Os detentos serraram as grades, arrebentaram os cadeados das celas e estouraram o telhado, saindo pelo solário da delegacia. Não houve conflito com a polícia. Havia policiais de plantão, mas, quando perceberam o ocorrido, não conseguiram conter os fugitivos.

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Os fugitivos eram acusados de homicídio (1), roubo (5), tráfico de drogas (2), furto simples (1), quadrilha e roubo (1) e posse ilegal de arma (1).Nenhum deles foi recapturado até as 19h deste domingo (31).

Ameaça morte

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De acordo com informações preliminares divulgadas pela Polícia Civil, um dos que fugiram estava preso acusado de tentar matar o filho de um agente penitenciário, além de roubo.

Em entrevista à Gazeta do Povo, o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Johnson, disse que o agente e o filho ainda não foram identificados pelo sindicato, mas lamentou a falta de segurança e a pressão sofrida pela categoria nos últimos meses. Neste mês, houve três casos de morte de agentes penitenciários, um no local de serviço e dois fora, sendo que um foi morto dentro da própria casa.

No primeiro caso, ocorrido no dia 13, um agente da Colônia Penal Agrícola foi morto com 11 tiros na Cidade Industrial de Curitiba. N0 dia 18, outro foi morto a tiros no local onde residia com a família, no Bairro Boa Vista. O terceiro foi na última sexta-feira (29), encontrado morto dentro da casa de força da Penitenciária Central do Estado.

O vice-presidente do Sindarspen afirmou que, durante o velório do colega, neste sábado, conversou com familiares e colegas do agente, que exercia a função há mais de 20 anos, e ouviu deles que a hipótese mais provável é de que o agente se suicidou, já que o local estava trancado por dentro, e foi preciso arrombá-lo para tirar o profissional de lá, já sem vida. "Ele não deu sinais de depressão, mas imaginamos que as pressões do trabalho, a insegurança, a falta de apoio do Estado em algumas situações podem tê-lo levado a isso", diz Johnson.