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Curitiba

11 donos de postos de combustíveis serão ouvidos pela polícia nesta semana

Onze donos de postos de combustíveis de Curitiba e região metropolitana devem prestar depoimento na Delegacia do Consumidor nesta semana. O primeiro depoimento está marcado para a tarde desta terça-feira (24). Esses estabelecimentos eram clientes da empresa Power Bombas, de Cléber Salazar.

Caso sejam constatados indícios de irregularidades, como lacres rompidos nas bombas, os proprietários poderão ser indiciados. Nove donos de postos de combustíveis foram indiciados na sexta-feira (20) pelo delegado Jairo Estorílio, titular da Delegacia do Consumidor.

Segundo Estorílio, entre as irregularidades encontradas nesses postos estavam os lacres rompidos. Em depoimento, todos os proprietários indiciados negaram qualquer irregularidade ou fraude.

O delegado ressaltou que os proprietários dos postos não foram indiciados por venderem combustível em quantidade menor ao mostrado pela bomba, como foi denunciado pelo programa Fantástico, da TV Globo. Mesmo assim, ressaltou que os lacres rompidos já caracterizam uma irregularidade.

Eles foram indiciados com base no artigo 1.º da Lei 8.176, de 1991, que considera crime "adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, gás natural e suas frações recuperáveis, álcool etílico, hidratado carburante e demais combustíveis líquidos carburantes, em desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei". A pena para este crime varia de um a cinco anos de prisão e multa.

"Os donos tentam se justificar das mais variadas formas, mas não souberam explicar os lacres violados nas bombas", diz o delegado. Segundo ele, os nove empresários interrogados até ontem eram clientes da Power Bombas, de Cléber Salazar, acusado de comandar um esquema de fraude eletrônica que adulterava a quantidade de combustível que era vendida ao consumidor. Segundo o balanço do Ipem-PR, pelo menos 12 postos tinham lacres rompidos, o que causou a interdição das bombas.

Acusado

Cléber Salazar foi solto na última terça-feira (17), depois que a Justiça concedeu um habeas corpus. Segundo informações do advogado dele, estaria recolhido em Ponta Grossa. Salazar estava preso desde 9 de janeiro, um dia depois que a reportagem do Fantástico que denunciava a fraude foi exibida.

O programa revelou que ele instalava um dispositivo eletrônico controlado por controle remoto que mascarava a quantidade de combustível que estava sendo vendida. Em alguns postos de Curitiba, a diferença entre o que a bomba marcava e que realmente ia para o tanque do carro chegava a 1,4 litro.

O despacho do juiz substituto Carlos Augusto de Mello, que analisou o pedido de habeas corpus, concluiu que nos autos do processo não há nenhum elemento que indicasse uma possível intervenção de Salazar nas investigações. Logo, não haveria motivos para manter a prisão temporária do suspeito. Por isso, ele foi solto. O dono da Power Bombas é acusado de estelionato. O alvará de funcionamento da empresa, que venceu no último dia 13, não foi renovado pela prefeitura.

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