Para tentar reduzir os casos de mortes em acidentes automobilísticos, o Projeto Vida no Trânsito mapeou os principais pontos de atropelamentos em Curitiba. Os locais merecem atenção redobrada de pedestres e motoristas e estão recebendo, também, reforço na sinalização. As regiões do Terminal Guadalupe e da Praça Rui Barbosa estão entre as principais áreas de risco. A análise das informações permitiu perceber ainda que, apesar da extensão e do fluxo intenso de veículos, a Avenida Marechal Floriano é proporcionalmente menos perigosa do que a Travessa da Lapa. Os demais pontos perigosos podem ser conferidos no infográfico.
Veja em detalhes os números das mortes no trânsito em Curitiba
O comitê de análise de acidentes identificou que, em pelo menos 31 mortes ocorridas no ano passado, a ausência de infraestrutura adequada foi responsável por colisões e atropelamentos. Falta de travessia segura para o pedestre ou iluminação precária são alguns exemplos. A prefeitura assegura que está tomando providências para solucionar os problemas. Um dos atropelamentos fatais aconteceu na esquina entre a Rua Conselheiro Laurindo e a XV de Novembro, que ganhou um semáforo para pedestres. Em outros pontos a solução encontrada foi o aumento no tempo de travessia.
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Outra medida tomada para reduzir a chance de morte no trânsito foi a instalação de 31 semáforos especiais para idosos e deficientes físicos. Em 2014, 26 pessoas com mais de 65 anos morreram atropeladas em Curitiba –a cada três atropelamentos fatais na capital, um foi de idoso.
Trimestre
O primeiro trimestre de 2015 registrou o menor número de mortes em acidentes de trânsito em Curitiba dos últimos cinco anos. Foram 41 casos, contra 59 no mesmo período do ano anterior. Até então, o trimestre com menor quantidade de óbitos havia sido o terceiro de 2014, com 51 casos. A cidade já chegou a ter 87 mortes em um período de três meses (entre novembro e dezembro de 2010). O número ainda é alto, mas é o primeiro indicativo de que a capital paranaense pode alcançar a meta de diminuir em 50% os óbitos em acidentes automobilísticos até 2020. Para isso, será necessário chegar ao fim da década com no máximo 160 mortes no trânsito no ano – em 2010, foram 320 óbitos.
A estatística mantém uma tendência de queda nos últimos cinco anos. Apesar do número ainda ser muito alto – 12 mortes para cada 100 mil habitantes –, é a metade da média brasileira. O ano passado fechou com 222 mortes. O levantamento é do comitê de análise do Projeto Vida no Trânsito, que estuda, caso a caso, cada um dos acidentes fatais registrados na cidade. A iniciativa combina ações de educação, fiscalização e engenharia para tentar diminuir o número de mortes e foi recomendada pela Organização das Nações Unidas como parte da política da década de prevenção no trânsito.
Os números mostram que os jovens entre 20 e 29 anos representam uma em cada quatro mortes. Consumo de álcool, velocidade incompatível com a via e desrespeito à sinalização (como avanço de sinal ou de preferencial) foram os principais fatores que provocaram acidentes.
Números em destaque:
CNH: De cada 10 acidentes que resultam em morte, um é provocado por condutor sem habilitação. Na maioria das vezes é um motociclista, que provoca o próprio óbito.
Recorde: No máximo, aconteceram quatro mortes em um mesmo dia, causadas por acidentes de trânsito em Curitiba. Mas a cidade ficou 12 dias – de 18 a 31 de julho – sem registrar nenhum óbito em ruas e rodovias.
Local: Apesar da velocidade maior nas rodovias, foram as ruas que registraram a maior parte dos óbitos – 149 contra 72.
Elevação: A única categoria que registrou aumento na incidência de óbitos em relação ao ano anterior foi a de ocupantes de automóvel.
Perfil: Mortes concentradas nas noites e madrugadas dos finais de semana, envolvendo homens jovens, que trafegam embriagados e em velocidade acima da permitida na via. Esse é o perfil de grande parte dos acidentes fatais registrados em Curitiba no ano passado.
Balada: Está confirmado que a saída de balada está relacionada com acidentes fatais. As 16 mortes que ocorreram entre 5 e 6 horas da manhã envolveram jovens embriagados.
Dia claro: Os atropelamentos fatais de idosos têm particularidades. Nenhuma morte desse tipo aconteceu entre 22 e 8 horas. A predominância dos casos é no início da manhã e no final da tarde.
Altos: 18 pedestres contribuíram para a própria morte por estarem alcoolizados e 5 por estarem drogados.
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