Vanderlei Cassol e Rodrigo Mello “forfetaram” na etapa de sexta-feira| Foto: Idário Café/ Vipcomm
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Pelos menos 135 moradores vizinhos à explosão de sexta-feira (10), no armazém da empresa Sal Diana, em Paranaguá, já retornaram a suas casas - a maioria deles voltou assim que as chamas foram contidas. Segundo a Defesa Civil do município, 144 pessoas do bairro Jardim Guadalupe, próximo do porto, tiveram de sair de suas residências. Cinco casas foram demolidas, quatro tiveram sua estrutura totalmente comprometida e 34 sofreram avarias – como telhado quebrado e parede rachada. Também as atividades do armazém foram temporariamente paralisadas.

A explosão deixou nove moradores desabrigados. Eles estão alojados em um hotel da cidade. Apesar dos riscos, 23 pessoas resolveram retornar às residências comprometidas, como o aposentado Milton Evangelista de Souza, 61 anos. Mesmo com a parede rachada e o telhado danificado, Souza irá continuar na casa, por causa do medo com assaltos que acontecem na região. Para o secretário municipal de segurança, Álvaro Domingues Neto, foi sorte a explosão não ter vitimado os moradores. "A parede do armazém é a mesma da casa. Eles se instalaram de maneira errada", afirma.

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A Defesa Civil confirmou neste domingo que apenas três pessoas ficaram feridas – José Pereira dos Santos, 43 anos, e José Aparecido Marreiro, 39 anos, ambos funcionários da Ultragás, e Marcos Antônio Soares, 41 anos, funcionário do armazém. Segundo o diretor clínico do Hospital Evangélico, Samir Alebark, de Curitiba, é grave o estado de saúde dos dois funcionário da Ultragás. Os pacientes tiveram 60% do corpo atingido por queimaduras de segundo e terceiro graus (caso mais grave) e correm risco de morte.

Já o funcionário do armazém, Soares, continua internado no Hospital Paranaguá, após receber atendimento no setor de emergência do Hospital Regional do Litoral. O estado de saúde dele não foi informado pelo hospital.

Um relatório sobre os prejuízos da explosão seguida de incêndio será concluído nesta segunda-feira pelos órgãos envolvidos no atendimento. A causa, porém, só será revelada quando o Instituto de Criminalística terminar o laudo de investigação. "Nos falaram no local que os dois técnicos estariam fazendo a manutenção do cilindro e que houve vazamento de gás. A pressão teria jogado os técnicos longe e atingido a caldeira de refinaria de sal", afirma o relações públicas da Defesa Civil de Paranaguá, Gérson Nunes Pereira. As informações não são oficiais.

Hortênsia Oliveira, 49 anos de idade, é uma das nove pessoas que está alojada num hotel. Ela perdeu a casa em que morava com o filho, a nora e os três netos. Segundo Hortênsia, no momento da explosão ela estava trabalhando numa pequena lanchonete que tinha montado. "Perdemos tudo", afirmou. Benedita Rodrigues, 53 anos de idade, que também morava com o marido ao lado da empresa, conta que pouco antes da explosão um funcionário avisou para todos saírem de suas casas. "Deu um baque e a casa estremeceu. Começou o vazamento e gritaram para a gente sair que ia explodir. Agora não sei o que vai acontecer", disse.