A promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público ajuizou uma ação civil pública contra 14 médicos do Hospital Universitário (HU) de Londrina na terça-feira (8). Eles teriam, segundo o Ministério Público (MP), cometido ato de improbidade administrativa ao fraudarem os cartões-ponto. O prejuízo total aos cofres públicos passa dos R$ 26 mil.
A ação é embasada em uma auditoria interna realizada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) entre abril e maio de 2007. De acordo com o MP, as irregularidades foram constatadas comparando os cartões-ponto com imagens das câmeras de segurança do hospital.
Segundo os promotores Renato de Lima Castro e Leila Voltarelli, responsáveis pela ação, havia um esquema ilícito de revezamento no registro de ponto desses médicos. Por meio de nota oficial divulgada pelo MP, os promotores explicaram que um dos médicos, portando o crachá de outro, realizaria o registro de entrada e de saída do colega. Dessa forma, os beneficiados pela fraude nem mesmo precisariam ir ao hospital.
Para o MP a improbidade administrativa foi caracterizada pelo enriquecimento ilícito dos agentes públicos. "[Os médicos] Foram remunerados pelo erário sem exercer suas correspondentes atividades públicas, causando prejuízo à Universidade Estadual de Londrina no valor total de R$ 26.438,64", apontaram os promotores.
De acordo com a nota, os 14 médicos são agentes públicos lotados no HU. Eles atuam ou atuaram em diversas unidades do hospital, especialmente nos setores de pronto-socorro adulto e pediátrico e hemofilia.
A assessoria de imprensa do HU informou que o hospital não foi notificado oficialmente sobre o fato. A direção vai se pronunciar somente depois de tomar ciência da ação.
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