Os analfabetos são maioria entre homens, maiores de 25 anos e moradores do Nordeste do país. Registrando queda pelo quinto ano consecutivo, a taxa de analfabetismo caiu de 10% para 9,7% entre 2008 e 2009. Mas, mesmo com a queda, o porcentual ainda representa um volume grande em números absolutos, somando 14,1 milhões de brasileiros. Apesar da maior parte das crianças e adolescentes estarem matriculadas, 3,6 milhões de brasileiros em idade escolar ainda estão fora da sala de aula. O IBGE também apurou diferenças entre os sexos: em 2009, a taxa de analfabetismo masculina era de 9,8% e a feminina, de 9,6%. Entre as regiões, apesar da redução de 3,7 pontos porcentuais, o Nordeste ainda é o campeão, com 18,7% da população analfabeta, seguido do Norte (10,6%), do Centro-Oeste (8,0%) e Sudeste (5,7%). No Sul, a média de 5,5% é a mesma desde 2007. Para a Organização das Nações Unidas para a Educação Ciências e Cultura (Unesco), um território é considerado livre do analfabetismo quando apresenta índice inferior a 4%.
A pesquisa revela ainda que um em cada cinco brasileiros (20,3%) é considerado analfabeto funcional, ou seja, tinha menos de quatro anos de estudo completos. Apesar de alta, a taxa é menor que a de 2004, quando chegou a 24,4%. O analfabeto funcional lê e escreve frases simples, mas não consegue, por exemplo, interpretar textos. O problema é maior na região Nordeste, onde quase um terço (30,8%) está nesta condição, contra 15% na região Sudeste, a menor do país.
Em relação à matrícula nas instituições de ensino outro dado inédito levantado pela PNAD 2009 , a rede pública atende 78,1% do total dos estudantes do país, com 43,1 milhões de alunos. Destes, 54,7% estavam matriculados em escolas municipais, 42,9% na rede estadual, e 2,4% na federal. A rede pública concentra também a maioria dos estudantes que cursavam até o ensino médio. Já em relação ao ensino superior, a rede privada contabilizava 76,6% do total de estudantes.