Começaram a operar à zero hora desta quinta-feira (8), 14 novos radares de monitoramento do trânsito em ruas de Curitiba. Além do excesso de velocidade, dois destes equipamentos fiscalizam avanço de sinal vermelho, conversão proibida e parada na faixa de pedestre. Esses radares especiais estão instalados no bairro Novo Mundo, na Avenida Brasília, próximo ao cruzamento com a Rua João Cubas, e na Rua Eduardo Carlos Pereira, no cruzamento com a Rua Georgi Dyoub Wassouf. Os aparelhos haviam sido instalados na quarta-feira (7).
De acordo com a Urbanização Curitiba S.A. (Urbs), até o fim de junho, 140 radares serão implantados em pontos estratégicos da capital paranaense. Do total dos equipamentos, 69 serão instalados em novos locais e 71 ficarão próximos de pontos antigos.
Nos locais onde já havia radares, os antigos equipamentos foram desligados. Por isso, o motorista pode encontrar, em alguns pontos, um aparelho próximo do outro, com distância de alguns metros. Entretanto, apenas os novos radares estão operando e podem emitir multa, o que exclui o risco de o motorista ser punido duas vezes pela mesma infração. Segundo a Urbs, todos os equipamentos foram aferidos pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem).
Contratos
A substituição dos radares antigos estava prevista no aditivo contratual acordado entre a prefeitura e a Consilux, empresa que gerencia os equipamentos em Curitiba há 12 anos e que venceu a licitação para seguir operando o sistema.
Durante dois meses, do começo dezembro ao começo de fevereiro, 110 radares ficaram desligados, depois de determinação da desembargadora Regina Afonso Portes, da 4.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. O desligamento atendeu ao pedido do Ministério Público, que contestava um aditivo contratual firmado entre a Urbs e a Consilux.
O contrato havia sido assinado em 2004 e desde então vinha sendo prorrogado. Entretanto, a Lei de Licitações (8.666) permite prorrogações entre empresas privadas e o poder público por apenas 60 meses. O prazo já havia vencido em abril do ano passado, mas a Urbs havia prorrogado o contrato com a Consilux por mais um ano. Na ocasião, a prefeitura alegou que se tratava de uma situação emergencial.
Em janeiro deste ano, a Consilux foi declarada a vencedora da nova licitação. De acordo com a prefeitura, a manutenção da empresa no gerenciamento dos radares deve gerar uma economia de R$ 9 milhões nos dois anos de contrato. Pela proposta, a Urbs pagará R$ 725 mil por mês à Consilux valor que seria 34% a menos do que o previsto no edital.