• Carregando...

Para reforçar a fiscalização contra o desmatamento e outros crimes ambientais na Amazônia, 175 analistas estão sendo treinados na Floresta Nacional (Flona) de Ipanema, em Iperó, região de Sorocaba (SP).

Em 40 dias, eles vão aprender desde a gestão dos parques nacionais até ações de fiscalização, como autuação, multa e apreensão de espécies da fauna e da flora retiradas das unidades de conservação e do entorno. Os analistas têm poder de polícia administrativa.

Os novos agentes serão destinados às quase 200 unidades de conservação na Amazônia Legal, segundo o chefe da Flona de Ipanema, Alexandre Cordeiro. "Essa região concentra dois terços das 304 unidades de conservação federais, mas tem apenas um quarto dos agentes", afirma. A formação desses analistas, aprovados em concurso, ajudará a reduzir a defasagem de pessoal.

Segundo Cordeiro, enquanto o Serviço Nacional de Parque dos Estados Unidos dispõe de 16 mil servidores para fiscalizar 35 milhões de hectares, o Instituto Chico Mendes tem 2,2 mil para cobrir uma área protegida muito maior, de 78 milhões de hectares. Será a primeira turma formada na Academia Nacional de Biodiversidade, inaugurada neste mês, na Flona de Iperó. O curso vai durar 40 dias e os ambientalistas terão também aulas práticas.

"A Floresta de Ipanema, que já abrigou um centro de engenharia agrícola, oferece condições interessantes para o aprendizado", diz Cordeiro.

A área, de 5 mil hectares, possui um dos principais remanescentes de mata atlântica do planalto paulista e, por estar em uma região em processo de urbanização, será usada para exercícios de monitoramento e fiscalização. A academia tem alojamento para 180 alunos e 50 instrutores, além de auditório, salas de aulas e refeitório.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]