De iluminador a barman, de músico a estoquista, estudantes da USP ou não. Entre os 72 invasores da Reitoria que foram fichados na delegacia na terça-feira, teve de tudo. A maior parte, 51 estudantes, tem vínculo regular com a universidade, matriculados na graduação ou na pós. Desses, 34 vêm de cursos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), onde começou o imbróglio deste ano. Fora a FFLCH, os alunos são das faculdades de Comunicação, Geologia, Arquitetura e havia até um representante da Poli, tradicional escola de engenharia, que não costuma apoiar invasões. Segundo os registros da universidade, até 18 invasores não têm vínculo oficial com a instituição. Um deles, inclusive, é aluno da PUC-SP e outro, da Universidade Federal da Paraíba.
Entre os não alunos, há os que foram aprovados em vestibulares no início dos anos 2000 e, pela regra de tempo para conclusão de curso da USP, já não podem ser alunos. Um dos líderes do movimento, Rafael Alves, 29 anos, é veterano de USP, onde está ao menos há sete anos. Em 2010, foi jubilado, mas fez vestibular e foi aprovado de novo.
Contra ele, existem cinco processos, quatro administrativos e um criminal. Três deles são referentes à invasão do ano passado de um prédio da assistência social da USP. "O último processo que sofri foi movido pela Coseas [assistência social da USP] e foi baseado em um boletim de ocorrência, o que não é legítimo", disse Alves.
Os últimos detidos deixaram a delegacia por volta das 4 horas de ontem, após pagamento de fiança. O dinheiro veio do Sintusp (sindicato dos servidores) e da Conlutas (Central Sindical e Popular). A delegada do caso, Maria Letícia Camargo, disse que espera os laudos que mostrarão a extensão dos danos no prédio para anexar ao inquérito, que vai para Promotoria.
Greve
A greve de alunos da USP, aprovada na noite de terça-feira por cerca de 2 mil estudantes, teve pouca adesão ontem. A reportagem percorreu sete unidades da universidade. Entre elas a ECA (Escola de Comunicação e Artes) e a FFLCH. As aulas ocorriam normalmente, sem transtornos. O reforço no policiamento nos arredores do prédio da Reitoria não tem data para acabar.
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