Em Maringá, mutirões para vencer a demanda
Com a mesma quantidade de funcionários, mas com cerca de 15 vezes mais candidatos ao longo do ano, as Ciretrans em todo estado precisaram se desdobrar para atender o aumento de interessados em tirar carteira de habilitação. O maior sufoco já passou, mas as unidades precisaram alterar a estrutura organizacional e remanejar funcionários que pudessem trabalhar como examinadores, ou a demanda não seria totalmente atendida. Em Maringá, de outubro pra cá foram feitos mutirões aos sábados, nos quais os funcionários chegaram a trabalharam de graça, já que não recebem por hora extra.
Quase 115 mil paranaenses (114.874) chegarão ao fim de 2009 sem ter o pedido de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) concluído. Deste total, uma parte (o Detran não informou quantos) já ultrapassou o prazo máximo de um ano entre o início e o fim do processo de habilitação e terá de recomeçar todos os procedimentos, arcando, inclusive, com novas taxas. E há outros 7 mil candidatos, que, se não concluírem o procedimento até o dia 31 de dezembro, também terão perdido tempo, esforço e dinheiro, já que terão de reiniciar o processo para tirar a CNH.O volume de processos pendentes é 15 vezes superior ao observado no ano passado: 2008 fechou com 7.239 pedidos de habilitação em aberto. O quadro resulta do crescimento na demanda de interessados por tirar a habilitação, em função das mudanças de regras para tirar a CNH, anunciadas em agosto de 2008. O anúncio provocou, no ano passado, correria dos candidatos às circunscrições regionais de Trânsito (Ciretrans) no Paraná. A preocupação era com o aumento na carga horária do curso de formação de condutores e a consequente elevação dos preços cobrados pelos centros de formação de condutores.Evergton Rodrigues de Oliveira passou no exame de moto e fugiu do sufoco no fim do prazo: faltavam apenas dois dias para ele completar 12 meses do processo de habilitação e perder o investimento de R$ 750. Para Oliveira, a maior responsável pela demora foi a autoescola, que teria matriculado mais alunos do que podia. "Todo mundo quis fazer aulas e a autoescola foi pegando. Demorei muito para conseguir marcar minhas aulas práticas." As vagas de testes foram poucas para tanta gente e quase metade do prazo a que Evergton dispunha foi gasto esperando pelo agendamento. "Foram três meses até marcar o exame de legislação e mais dois meses e meio para o psicotécnico", relatou.Mesma sorte não teve Vânia Cássia Rosa. Embora algumas reprovações tenham atrasado ainda mais a conclusão de sua CNH, apenas em novembro ela conseguiu data para prestar o teste pela primeira vez. Detalhe: ela começou o processo em 12 de dezembro do ano passado. No dia 11 ela tentou de novo, mas uma baliza errada lhe custou caro. "Gastei R$ 900 reais e agora vou gastar mais R$ 500 para tentar tirar a carteira outra vez", contou. Segundo Vânia, só quatro meses depois de se matricular na autoescola ela pode fazer as aulas práticas. As instruções teóricas no carro ela fez em agosto e então foram mais três meses para o teste, o que com certeza prejudicou seu desempenho. "Estou tranquila, pois pelo menos a carteira de moto eu garanti", brincou.
Em relação aos outros procedimentos oferecidos pelo Detran, como renovação da habilitação ou inclusão de categorias, foi percebido aumento de quase quatro vezes. Até 2008, 15.199 solicitações estavam pendentes do sistema. 2009 termina com 55.362 pedidos não encerrados.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião