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Londrina

22 computadores furtados de projeto social no Jardim Marabá

"Estamos atordoados, baqueados". Assim Maria José Pimenta, coordenadora do Núcleo Espírita Irmã Sheilla, localizado no Jardim Marabá (zona leste), em Londrina, no Norte do estado, resumiu o sentimento de chegar na manhã desta segunda-feira e ver que os 22 computadores doados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos sociais haviam desaparecido.

Os computadores novos foram recém-instalados em duas salas onde agora ficaram só as mesas, as cadeiras e os fios. Nem mesmo as centenas de crianças, jovens e adolescentes que já freqüentavam as atividades sociais sabiam da existência dos equipamentos. O material aguardava o começo do projeto Adolescente Aprendiz, que seria inaugurado em agosto com aulas de informática para mais de 100 jovens. Ligados em rede, os computadores permitiriam acesso pela internet e serviriam para que jovens de 16 a 24 anos dessem os primeiros passos na área de informática – formação necessária para disputarem uma vaga de trabalho. Além dos equipamentos, 10 conjuntos de uniformes com calça, meia, tênis, agasalho e camisa – tudo com o logotipo da Prefeitura de Londrina – foram levados. Na conta do prejuízo ainda foram incluídos um gravador de CD, um aparelho de fax e CDs com cópia de todos os dados da secretaria sobre os alunos.

Mistério

Para os funcionários do local, o furto é um mistério. Após entrarem no prédio de muros altos, os ladrões invadiram a sala da secretaria por uma janela cujas grades foram arrancadas e dali levaram três computadores. Apesar do cimento fresco, não havia marcas de pés no chão.

Depois, segundo a coordenadora do núcleo, pegaram as chaves guardadas num local secreto, conhecido por apenas três pessoas além dela, e se dirigiram às duas salas onde estavam os computadores. Antes, tiveram o cuidado de retirar um pino de um portão eletrônico, obrigando-o a permanecer aberto. O alarme tocou, mas o vigia, que mora no fundo da instituição, contou à direção da entidade que nada ouviu. "Para tirar todo esse equipamento daqui, só de caminhão ou em várias viagens", supôs a coordenadora. "Era alguém aqui de dentro que conhecia onde tudo estava", apontou, com todo o cuidado para não acusar ninguém especificamente.

Como os computadores são todos iguais - de cor cinza e da marca HP Compaq - estão seriados e numerados, a coordenadora espera que esta possa ser uma pista para chegar aos criminosos caso tentem negociar os equipamentos. Embora sem os computadores, a coordenadora, confiante, não avisou aos alunos que o curso pode ser suspenso. Até o começo de agosto, espera notícias da polícia que até ontem nada havia encontrado.

Serviço:Informações sobre os computadores podem ser dados à instituição: 3325 1334.

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