Vinte e seis pessoas foram detidas na tarde desta quarta-feira (14) em Curitiba depois de não pagarem a passagem em um ônibus do transporte coletivo da capital. Todos os detidos foram flagrados na linha Alferes Poli que faz a ligação entre o Centro e o bairro Parolin.

CARREGANDO :)

A operação de fiscalização foi organizada depois de um pedido da empresa Auto Viação Marechal, responsável pela linha. "Eles nos informaram sobre a reclamação de motoristas e usuários em relação a alguns passageiros que não pagam a passagem e causam transtornos no ônibus", explica o tenente Lucas Guimarães, do Grupo Tático Velado da Polícia Militar (PM).

Além dos policiais, guardas municipais e fiscais da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) participaram da ação que flagrou os "fura-catracas". Em duas horas, entre as 13h30 e as 15h30, 26 pessoas foram detidas. "Ficamos dentro do ônibus e fizemos filmagens para que se tivesse uma prova contra esses infratores", conta Guimarães.

Publicidade

Os detidos foram encaminhados para o 2º Distrito Policial (DP), no bairro Rebouças. Por se tratar de um crime de baixo potencial ofensivo, todos assinaram um termo circunstanciado e foram liberados. Eles ainda podem ser chamados para depor e responder pelo calote e por perturbação ao sossego alheio.

Recorrente

O problema na linha Alferes Poli é antigo. A Polícia Militar (PM) informou que 20 pessoas que não pagaram a passagem no ônibus foram abordadas no último sábado (10). Todas tinham passagem pela polícia. Um homem foi preso, pois havia um mandado de prisão expedido contra ele.

No dia 3 de janeiro, outros 20 passageiros do ônibus foram detidos por policiais militares. Todos haviam furado a catraca e as autoridades encontraram com o grupo cachimbos de crack, cigarros de maconha e uma faca. Na época, eles foram encaminhados para Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul), no Portão.

Reportagem publicada em agosto de 2008 na Gazeta do Povo já mostrava que dependentes químicos, mendigos e alguns estudantes tinham como rotina pular as catracas do ônibus Alferes Poli. Um dos motoristas da linha relatou que em algumas viagens com cerca de 70 pessoas, menos de dez pagavam a passagem.

Publicidade