A apreensão de crack em uma escola de Londrina, em março de 2010, fez os números do 181 Narcodenúncia relacionados ao ambiente escolar dispararem. Neste ano, foram apreendidas 299 pedras de crack nas escolas do Paraná todas recolhidas na operação em Londrina. O número é maior do que o total apreendido pelo órgão entre 2003 e 2009.
O tenente Edivan Fragoso, do 181 Narcodenúncia, explica que a polícia recebeu a informação de que havia uma quantidade de drogas na escola de Londrina, que fica no Conjunto Farid Libos, zona norte da cidade. O traficante, um adolescente de 17 anos, estava na quadra de esporte da escola e foi apreendido, segundo o tenente.
Desde 2003, foram apreendidas 555 pedras de crack nas escolas do Paraná (o número inclui também as universidades). O crack é uma droga altamente viciante e que preocupa as autoridades: estimativas apontam a existência de pelo menos 600 mil usuários no país.
Com relação ao aumento de apreensões nas escolas, o coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento na capital, afirma que a fiscalização e o consumo estão crescendo. "O traficante procura cada vez mais tentar jogar (a droga) para o adolescente e a criança, para tentar criar novos consumidores", diz. Segundo Costa Filho, o que se encontra de crack nos colégios não é significativo em relação ao montante apreendido no estado. "Procuramos (nas escolas) mais o trabalho de prevenção, para não chegar ao cúmulo de ter de prender nos colégios", afirma.
Para a professora Araci Asinelli da Luz, doutora em Educação da UFPR, não necessariamente essa droga apreendida nas escolas seria para consumo dos estudantes poderia estar com eles para significar símbolo de poder. "Tenho certeza, por trabalhar com a juventude, que grande parte efetivamente não usa droga, só deixa transparecer isso para se sentir incluído no status de poder", afirma.
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