O governo do Paraná assinou, nesta terça-feira (26), o protocolo que formaliza a compra de 500 mil doses de vacina contra a dengue. Os imunizantes serão aplicados a partir do dia 13 de agosto, em uma população de faixa etária restrita e em apenas 30 dos 399 municípios do estado. Curitiba ficou de fora.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a escolha dos municípios foi baseada nos dados da dengue no Paraná, levando em conta a incidência de casos por número de habitantes, hospitalizações e registro de epidemias nos últimos cinco ciclos da doença (entre 2010 e 2015). Por isso, o foco da estratégia recaiu sobre apenas 7,5% dos municípios do estado.
Em 28 municípios, a faixa etária dos vacinados será entre 15 e 27 anos - uma faixa menor do que a indicada pelos fabricantes da vacina, que é de 9 a 45 anos. No entanto, em Paranaguá e Assaí, cidades em que a dengue têm incidência superior a 8 mil casos por 100 mil habitantes, o imunizante contemplará uma faixa etária maior, de 9 a 44 anos.
Ainda assim, a Sesa acredita que o recorte - tanto por município quanto por leque de idade - não deve afetar, em um primeiro momento, a tentativa de conter os números cada vez mais preocupantes da dengue no Paraná.
O secretário estadual de Saúde em exercício, Sezifredo Paz, explicou que estudos realizados pelo laboratório responsável pela produção da vacina - a Sanofi Pasteur - mostram um efeito protetivo maior do que o público-alvo da vacina.
“O que nós esperamos é que haja também, além da imunidade dessas pessoas, uma proteção que é coletiva”, afirmou Paz, que, durante o lançamento da campanha, representou o secretário Michele Caputo Neto. “Essa proteção aumenta, no caso de Paranaguá e Assaí, que terão 60% da população vacinada, em 90%; e no caso das outras, que terão 20% de vacinados, a proteção se estende para 50%, no mínimo, da população”, completou.
Ainda conforme o secretário em exercício, pelo menos até 2017, não há previsão para que outras cidades sejam incluídas na campanha de vacinação pública - a primeira das Américas. Isso porque o tratamento total com a vacina exige a aplicação de três doses, com intervalo de seis meses entre cada uma delas.
A meta da Sesa é vacinar ao menos 80% do público-alvo até o dia 31 de agosto.
R$ 100 por dose
De acordo com o governador Beto Richa (PSDB), a compra das vacinas custou ao estado R$ 50 milhões. Por dose, é um investimento de R$ 100 - cerca de 38% mais barato do que o valor máximo de mercado estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira (25).
“Não é gasto. É investimento que fazemos na nossa saúde pública para proteger a população”, declarou o governador. Segundo ele, impactos diretos e indiretos deixados pela dengue no estado já ultrapassam R$ 330 milhões.
Paranaguá
Foz do Iguaçu
Santa Terezinha de Itaipu
São Miguel do Iguaçu
Boa Vista da Aparecida
Tapira
Santa Izabel do Ivaí
Cruzeiro do Sul
Santa Fé
Munhoz de Melo
Marialva
Paiçandu
São Jorge do Ivaí
Maringá
Mandaguari
Sarandi
Iguaraçu
Assaí
Ibiporã
Jataizinho
Porecatu
Bela Vista do Paraíso
Cambé
Londrina
Sertanópolis
Leópolis
São Sebastião da Amoreia
Itambaracá
Cambará
Maripá
