A cada 100 toneladas de lixo recolhido diariamente pelos caminhões de lixo reciclável nas ruas de Curitiba, 30 são de materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados. Esse lixo precisa, então, ser encaminhado ao aterro sanitário. Os custos do transporte adicional desse material acaba pesando no bolso dos cidadãos, no fundo os únicos responsáveis por esse gasto desnecessário.
Para otimizar o processo de reciclagem, é necessário contribuir por meio da separação correta do lixo processo que nem sempre é muito claro para os cidadãos. Em resumo, é importante memorizar a seguinte frase: "se está sujo, não pode ser reciclado". O mantra vale para tudo: papel, vidro, plástico e metal.
"Aquilo que tiver condições de ser reutilizado, como jornais e revistas, pode ser entregue aos caminhões do Lixo que não é Lixo", explica o secretário municipal do meio ambiente, Renato Lima. Já produtos com restos de comida e gordura, por exemplo, devem ser encaminhados ao lixo orgânico. A justificativa é simples: um único papel sujo pode contaminar todo um latão de lixo que esteja limpo. "Durante o processo de reciclagem, todos os produtos são misturados e, se houver contaminação, há risco não apenas ao processo, mas também à saúde", acrescenta Lima.
Caso não seja possível limpar a sujeira, como no caso de recipientes de vidro, o material precisa ser descartado com o restante do lixo comum. Há uma longa lista de materiais que não podem ser reciclados, que inclui papel carbono; etiqueta adesiva; fotografias; cabo de panela; tomada; clipes e grampo; e espelhos. "Lixo de banheiro, guardanapos usados e papéis engordurados são um grande problema", reforça o secretário.
Para fazer o descarte correto, é necessário ficar atento aos horários da coleta. As informações podem ser encontradas pelo site de coleta de lixo da Prefeitura, no qual constam os dias e horários não apenas dos caminhões de lixo domiciliar e reciclável, mas também de lixo tóxico como baterias, lâmpadas e óleos de origem animal e vegetal.