Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), de Curitiba, prenderam na quarta-feira (1º), 30 pessoas envolvidas com corte e furto de madeira na fazenda Morungava, município de Sengés, no Norte Pioneiro. A operação dá continuidade a uma investigação iniciada no ano passado, a partir da qual seis pessoas já foram presas acusadas do mesmo crime.
Segundo a polícia, a fazenda pertence à empresa Arauco Forest Brasil S.A., e foi invadida para retirada de madeira, que era vendida nas cidades de Itapeva e Itararé, em São Paulo. "Essas invasões vêem ocorrendo deste outubro do ano passado. Os invasores entram na propriedade e cortam a madeira, que é vendida em cidades próximas", explicou o delegado-chefe da Subdivisão de Operações do Cope, Francisco Alberto Caricati à Agência Estadual de Notícias.
Apesar das seis prisões feitas em julho, um grupo de 30 homens estava no local havia duas semanas, extraindo madeira de uma plantação de pinus. Todos foram presos. No local, foram apreendidos 2,5 mil metros cúbicos de madeira já cortada, seis caminhões, dois tratores, quatro motosseras, uma carabina calibre 30 e pequena porção de maconha.
Todos os presos foram ouvidos na delegacia de Bom Sucesso do Itararé. Para esta operação, o Cope participou com cinco equipes, que receberam a colaboração de policiais da 13.ª Subdivisão Policial, Polícia Ambiental Força Verde e agentes da delegacia de Sengés. As investigações continuam para tentar localizar os foragidos e apurar o envolvimento da outras pessoas.
Investigação
Depois da última incursão na fazenda, os policiais continuaram com as investigações para prender os principais responsáveis, que continuavam foragidos. Constatado que nova uma invasão estava em andamento, a polícia pediu mandados de prisão, busca e apreensão, que foram cumpridos na quarta-feira.
"Os responsáveis pela invasão ocupam a área e contratam, para fazer o desmatamento, pessoas que não sabem que estão praticando um crime. O prejuízo fica com a empresa dona da área e com os operários, que não recebem pelo trabalho e vão presos", explicou Caricati.
Estão identificados e continuam foragidos Sebastião dos Santos, Ivair Giglioto, Orivaldo Pontes e Paulo Cezar Machado. Segundo a polícia, eles são os responsáveis pela invasão e contratação dos trabalhadores que cortam e carregam a madeira.
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