Parentes de presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), continuam retidos no interior da maior unidade carcerária maranhense. São familiares de presos que cumprem pena em um dos blocos do presídio e que foram impedidos de deixar o local após o fim do horário de visita de domingo (25).
Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), 32 pessoas continuavam retidas no interior do complexo até o início da manhã de hoje (26). A secretaria, no entanto, diz que essas pessoas não são reféns, mas sim "parentes solidários".
Algumas pessoas já haviam sido liberadas ontem mesmo, antes que as negociações fossem interrompidas, no início da noite. As negociações foram retomadas no inicio da manhã de hoje.
O grupo de presos que impede a saída das pessoas exige a adoção de medidas como banho de sol coletivo (hoje é feito por bloco, para garantir a segurança dos próprios detentos); a liberação de visitas íntimas; a entrega de novos colchões e a troca de monitores.
O Complexo Penitenciário de Pedrinhas está superlotado e é palco de rebeliões e violenta disputa entre facções criminosas. Foi do interior do complexo que partiram as ordens para que bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital e ateassem fogo a ônibus, no início de janeiro deste ano. Em um dos cinco ônibus incendiados estava a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois.
Pelo menos oito detentos já foram mortos no presídio este ano. Em 2013, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao menos 60 detentos foram mortos na unidade.
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