As empresas de ônibus apresentaram a proposta de quitar os salários de motoristas e cobradores até a próxima quinta-feira (10). Os representantes dos trabalhadores sinalizaram que não aceitam esse acordo, mas ainda não se posicionaram oficialmente. A categoria diz afirmou que terá de fazer assembleia para deliberar sobre a questão. As negociações ocorrem em uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tarde desta segunda-feira (7).
Se não houver acordo e se viações não pagarem o salário de novembro para seus funcionários até o fim desta segunda-feira (7), uma nova greve deve ser deflagrada no transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana a partir da zero hora de terça-feira (8).
Até a tarde desta segunda-feira (7), 13 das 28 empresas que prestam o serviço efetuaram o pagamento integral do valor. São elas: Leblon, Nobel, Castelo Branco, Viação do Sul, Graciosa, Tamandaré Matriz, Tamandaré Filial, Tindiquera, Marumbi, Mercês, São José Matriz, Santo Antônio e São Braz. Das empresas que efetuaram o pagamento, duas atendem Curitiba e as demais atuam em cidades da RMC.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), a paralisação dos serviços deve ser realizada apenas nas empresas que não depositarem o salário dos trabalhadores.
Por volta das 17h, o Setransp, sindicato que representa as empresas, afirmou que 87% dos trabalhadores receberão 100% do salário de novembro ainda nesta segunda, 9% , na terça (8) e 4%, na quarta-feira (9).
A alegação das viações é de que não têm dinheiro para honrar as obrigações com seus funcionários. Já a prefeitura diz que todos os repasses estão sendo feitos “rigorosamente em dia”.
Dissídio
O Sindimoc ingressou com um dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na quinta-feira (3). O sindicato pede que as empresas de ônibus sejam multadas em R$ 1 milhão por dia por atrasar os pagamentos de motoristas e cobradores de novembro, dezembro ou janeiro, incluindo o 13.º salário. A entidade relata a ocorrência de “atrasos sistemáticos” no pagamento de salários e auxílios desde o início do ano. Uma audiência de conciliação no TRT teve início às 14h30.
Na última semana, Curitiba chegou a enfrentar uma greve parcial no sistema de transportes. Funcionários de cinco empresas aderiram à paralisação, afetando principalmente linhas metropolitanas e que circulam no região Sul da capital. A greve durou poucas horas.
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