Cerca de 40 mil pessoas se reuniram em frente à Catedral Basílica de Curitiba para celebrar o feriado de Corpus Christi. Depois da missa, durante a tarde, os fiéis participaram da tradicional procissão, que percorreu 1,7 mil metros pela Rua Cândido de Abreu. A benção do Santíssimo Sacramento foi feita na frente ao Palácio Iguaçu, onde também ocorreram shows de música católica com os padres Antônio Maria e Reginaldo Manzotti.
O Corpus Christi é comemorado em todo o mundo desde o século 14 para celebrar a Sagrada Eucaristia. Os católicos acreditam que a hóstia é a representação concreta do corpo e do sangue de Jesus Cristo. As procissões servem para reforçar esta crença, demonstrada e reforçada publicamente. "A adoração ao corpo e sangue de Jesus é uma tradição na qual manifestamos a todos nossa fé. É um momento forte de participação, expressão e união da arquidiocese", conta a freira Iraci Silva, que assistia à missa.
Esta foi a primeira celebração oficial da Arquidiocese de Curitiba com a participação de um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A iniciativa teve como motivação a Campanha da Fraternidade, que este ano discute a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais na sociedade.
Bloqueio
O trânsito na Avenida Cândido de Abreu ficou interrompido em meia pista durante todo o dia. Ambulâncias do Siate e do Samu estiveram de plantão durante o evento e fizeram aproximadamente 80 atendimentos, quase todos a pessoas que se sentiram mal por queda de pressão. A segurança ficou por conta da Polícia Militar e da Guarda Municipal, que não registraram ocorrências. Missas e procissões também aconteceram em algumas igrejas da região metropolitana de Curitiba, como São José dos Pinhais, Umbará, Almirante Tamandaré e Quitandinha.
Os tapetes, confeccionados com serragem, papéis, pó de café e roupas, foram montados por 1,8 mil voluntários das paróquias e moradores locais, e enfeitaram as ruas do centro da cidade. Os quase dois quilômetros de arte no asfalto começaram a ser produzidos ainda na madrugada. Com dois metros de largura e dividido em 144 lotes que representam as comunidades católicas de Curitiba os tapetes, mais uma vez, encantaram os católicos. "Está muito lindo. Vale cada passo para apreciá-los", comentou a dona de casa Jose Silva, que trouxe toda a família para a missa.
Emoção
Pouco antes da procissão começar, alguns voluntários ainda acertavam os últimos detalhes nas serragens. "Os representantes de uma paróquia não puderam vir então estamos ajudando a enfeitar a parte deles", conta o sociólogo Graciano Colombo, que sempre colabora na confecção dos tapetes. "Para nós católicos este dia representa a vida e a esperança. Relembramos os milagres de Jesus e todas as coisas boas feitas por Ele. A recompensa por este trabalho sentimos na alma, com o alívio para o coração e o sofrimento", acredita o sociólogo. "Quando eu piso nesses tapetes sinto que algo acontece dentro de mim. Parece que alguma coisa muito boa sobe deles direto para meu coração. É uma renovação", diz a também voluntária, Vanilsa de Andrade.
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