São Paulo O esquema de segurança para receber o Papa Bento XVI entre os dias 9 e 11 de maio em São Paulo será um dos maiores já preparados para uma autoridade estrangeira e religiosa em visita ao país. A operação especial prevê a mobilização de cerca de 5 mil homens de várias forças sob o comando do Exército e deve alterar a rotina da cidade.
O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal em São Paulo, conhecido como a tropa de elite da corporação, é responsável pelo planejamento da segurança da visita. Mas, atuará em parceria com os soldados do Exército, da Polícia Militar, da Guarda Civil Metropolitana, da Polícia Rodoviária, do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da Cavalaria e da Guarda Suíça (soldados da guarda especial do Vaticano).
"A Polícia Federal fará a segurança mais próxima do Papa Bento XVI, o que chamamos de primeira célula, juntamente com agentes da Guarda Suíça Pontifícia", explica José Williams Machado de Souza, agente responsável pela assessoria de Imprensa da Superintendência Regional da Polícia Federal, em São Paulo.
"A segunda célula de segurança será composta pela Polícia Militar e também pelo Exército, que acompanhará o entorno dos locais por onde passará o papa e sua comitiva", completa Souza.
A Polícia Militar de São Paulo mobilizará mil homens, 300 veículos entre carros, motos e veículos pesados e 24 cavalos para garantir a segurança de Bento XVI. A Polícia Militar ficará responsável pelo policiamento ao redor do Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, onde o Papa ficará hospedado durante sua visita à cidade.
A PM ficará encarregada ainda da segurança dos deslocamentos do Papa e também do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Já a Polícia Civil disponibilizará 300 homens, 50 carros, uma delegacia móvel e atiradores de elite para participar do esquema de proteção.
As ruas do percurso da comitiva do Papa serão interditadas, mas reabertas logo em seguida a fim de minimizar os transtornos ao trânsito.
A preocupação com os danos à rotina dos moradores de São Paulo não é só da polícia. "O Vaticano quer a segurança do Papa, mas também pediu o bem-estar da população", afirmou o secretário do Itamaraty André Santos, que acompanha a organização do esquema de segurança do Papa.