Cerca de 500 policiais militares de todo o estado, que até semana passada desempenhavam funções administrativas na corporação, voltaram para as ruas ontem à tarde. Por determinação do governador Roberto Requião, a partir de agora os serviços burocráticos serão feitos pela manhã. À tarde, em duplas, será realizado um trabalho de policiamento preventivo, em apoio às viaturas. Só em Curitiba, 150 policiais deixaram as salas da PM e foram paras as ruas ontem à tarde.

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Ao todo, 19 cidades que têm sedes de batalhões e companhias da PM ganharam um reforço no policiamento. Em Curitiba, as ações serão concentradas no Centro da cidade, na Avenida República Argentina e na área comercial do bairro Bacacheri. "O foco são as áreas comerciais", disse o coronel José Paulo Betes, subcomandante geral da PM. Segundo ele, apesar de estarem acostumados aos serviços burocráticos, os policiais não terão problemas nas ruas. "São policiais oriundos da parte operacional", afirmou. Já os policiais que respondem a inquérito continuarão nas funções burocráticas.

Por volta das 15 horas de ontem, um ônibus da PM deixou cerca de 30 policiais na Praça Osório, no Centro de Curitiba. O subtentente José Rocha, que passou 20 anos em serviços internos, gostou da novidade. "Eu gosto. Mas, se deixar de vir para a rua, perde um pouco a prática." A soldado Iara Silveira também aprovou a iniciativa. "Mas a cidade mudou muito", comentou.

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Para José Augusto Soavinski, diretor da União Paranaense dos Conselhos Comunitários de Segurança (Uniconseg), o policiamento deveria ser feito em regiões mais problemáticas. "Deviam ir para o Osternack, o Bracatinga, a Vila Zumbi, a Vila Pantanal, o Alto Boqueirão. São regiões com altos índices de morte por armas de fogo." Já o presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Centro, Alberico Ventura do Nascimento, disse que a PM na rua era uma reivindicação antiga. "Havia necessidade. Grande parte da população da região metropolitana de Curitiba está na região central nos horários de pico."