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O número de moradores em áreas urbanas que comprometem mais de 30% de sua renda mensal com o pagamento de aluguel alcança 5,4 milhões, o que equivale a 3,4% da população dessas áreas. O dado foi extraído da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 e divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na quinta edição de uma série de divulgações detalhadas das estatísticas. A divulgação desta terça-feira (21) teve como temas saneamento básico e habitação. O Ipea é uma fundação pública federal vinculada ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Segundo o Ipea, o porcentual da população urbana que sofre com o ônus do aluguel teve um ligeiro aumento em relação aos valores observados em 2006, que era de 3,2%. Segundo o instituto, isso mostra que "a moradia ficou relativamente menos acessível financeiramente para a população no último ano, acompanhando uma tendência crescente desde 1992".

De acordo com os dados, Brasília ficou no topo das dez principais regiões metropolitanas brasileiras que mais sofrem com o problema do sobrepeso de aluguel. Nada menos que 6,9% dos moradores da capital federal comprometem mais de 30% de sua renda mensal com o aluguel. A taxa supera os níveis de São Paulo (4,9%) e do Rio de Janeiro (4,5%). Na análise regional, a população que mais sofre com o ônus excessivo com o aluguel está concentrada na Região Sudeste (3,1 milhões), a mais povoada do País.

De acordo com o comunicado do Ipea, os dados evidenciam uma escassez relativa de moradia para aluguel e uma pressão sobre a terra e a moradia nessas áreas, "o que se reflete em valores mais altos para os aluguéis e os preços dos imóveis". Além do ônus do aluguel, os dados comprovaram altos índices de outros problemas na área da habitação, como o adensamento excessivo, a coabitação familiar e a proliferação de assentamentos precários

Água e esgoto

Sobre saneamento básico, o Ipea destacou que o Brasil já conseguiu alcançar em 2007 a meta do milênio relativamente ao acesso à água potável nas áreas urbanas, prevista para 2015. Segundo os dados, existe água canalizada de rede geral no interior do domicílio de 91,3% dos moradores em cidades. O instituto pondera, no entanto, que às vezes as médias nacionais podem mascarar a existência de desigualdades regionais e sociais. "É possível verificar que a meta da água para as áreas urbanas foi alcançada para 4 das 5 macrorregiões do país, à exceção da Região Norte", exemplificou.

O Ipea também destacou que houve em 2007 aumento de 3 pontos porcentuais na proporção da população urbana com acesso à rede coletora de esgoto em relação ao ano anterior, "o maior aumento ocorrido nos últimos 15 anos, passando de 54,4% em 2006 para 57 4% da em 2007".

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