3 porções
diárias de leite e derivados devem ser consumidas diariamente para prevenir a osteoporose, aponta a Organização Mundial da Saúde. Por outro lado, pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo mostra que seis em cada dez brasileiras acreditam que apenas um copo de leite por dia é suficiente para evitar a doença.
Seis em cada dez brasileiras acreditam que apenas um copo de leite por dia é suficiente para prevenir a osteoporose, aponta pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Mas a quantidade necessária de consumo de leite e derivados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é maior: precisa ser de pelo menos três porções diárias. As informações são da Agência Brasil.
O levantamento da Abrasso, que avalia o nível de informação da população sobre a doença, mostra que houve avanço no conhecimento sobre a osteoporose, mas as medidas de prevenção ainda não são adotadas como deveriam. "Na comparação com uma pesquisa feita em 2007, o grau de consciência aumentou muito, considerando que apenas 30% conheciam a doença e as medidas de prevenção. Agora, 60% sabem do que se trata e como prevenir, mas isso ainda não foi transformado em atitudes", avalia o diretor da Abrasso, Marcelo Pinheiro. Para essa pesquisa, encomendada ao Ibope, foram entrevistadas 2 mil pessoas em todas as regiões metropolitanas do país.
O estudo mostra que menos de 20% das mulheres com mais de 45 anos consomem as três porções de leite e derivados recomendadas diariamente. Entre as que têm menos de 45 anos, o porcentual não chega a 10%. O cálcio presente nesses alimentos previne a perda de massa óssea que caracteriza a osteoporose, conhecida como doença dos ossos porosos.
Preocupação tardia
A aposentada Lucy Caldonazzi, de 90 anos, convive há 17 anos com a doença e, só depois do diagnóstico, passou a se preocupar com um consumo adequado de produtos que contêm cálcio. "Agora, como bastante leite, queijo e iogurte", diz.
Lucy conta que, apesar de ter trabalhado como massagista com especialidade em coluna, nunca atentou para os cuidados com os ossos na juventude. "Fazia atividade física quando dava", destaca, como uma das medidas que poderiam ter ajudado a prevenir a osteoporose. Dentre as entrevistadas pela pesquisa, 72% das que têm mais de 45 anos são sedentárias.
A pesquisa da Abrasso aponta que 70% das mulheres com mais de 45 anos desconhecem a necessidade de que a prevenção tenha início na infância. "Essa ação deveria ser pensada como política pública para ampliar a prevenção à doença, tendo em vista que hábitos adquiridos na infância costumam ser adotados por toda a vida", defende Marcelo Pinheiro. Ele explica que o pico ósseo ocorre por volta dos 30 anos, quando, a partir de então, há uma perda óssea natural.
Outro resultado que preocupa os especialistas é que quase a totalidade das entrevistadas, 96%, associa a doença à dor, fazendo com que muitas dessas mulheres façam exames diagnósticos tardiamente. "É uma doença silenciosa. Muitas vezes, ela só é identificada com a primeira fratura", explica Marcelo Pinheiro.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora