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Praça da Espanha

9 mil confirmam presença em réveillon fora de época

Palco da inusitada festa de ano-novo, a Praça da Espanha deve receber um grande público no próximo sábado: segurança e falta de banheiros são preocupação | Daniel Caron/ Gazeta do Povo
Palco da inusitada festa de ano-novo, a Praça da Espanha deve receber um grande público no próximo sábado: segurança e falta de banheiros são preocupação (Foto: Daniel Caron/ Gazeta do Povo)

O réveillon fora de época de Curi­tiba, que aconteceu pela primeira vez no ano passado na Praça da Espanha, promete ser novamente tumultuado. Até agora, pela internet, cerca de 40 mil pessoas foram convidadas para participar da festa marcada para o próximo sábado. Nove mil já confirmaram presença. O problema, mais uma vez, é a falta de organização. Ninguém sabe ao certo quem se responsabiliza pelo evento. Sem mais detalhes sobre a festa, a prefeitura não sabe estimar quantos banheiros químicos precisa oferecer no local nem a Secretaria de Segurança Pública consegue calcular a quantidade de policiais necessários. O medo dos comerciantes que estão ao redor da praça é de que a festa acabe em confusão, a exemplo do que ocorreu no pré-carnaval de Curitiba, coma apresentação do bloco Garibaldis e Sacis.

Na versão de 2011, o réveillon fora de época deixou a Praça da Espanha parecida com um cenário desolador, com muito lixo no chão, carros com som alto e desrespeito ao meio ambiente. Os comerciantes sofreram também com a procura por banheiros nos seus estabelecimentos, sem que as pessoas consumissem algo no local. A ideia desse réveillon, segundo um porta-voz que só dá entrevista por e-mail, sem ser identificado, é mobilizar a população para um evento divertido e inusitado. Por isso mesmo, o grupo não se compromete a levar música, bebidas ou fogos de artifício, deixando a responsabilidade por conta dos participantes. A festa foi criada porque o grupo acredita que o ano só começa efetivamente depois do carnaval.

Outro problema é que o réveillon fora de época começa a partir das 22 horas, o que significa que ocorre no horário em que já não é mais permitido som alto.

A favor

Os comerciantes da região não são contrários à festa, porque, afinal, ocorre em um espaço público. Pedem, porém, aos organizadores para que eles não pequem na política de boa vizinhança. A presidente da Associação dos Comerciantes do Batel Soho, Cíntia Peixoto, diz que a dificuldade está na falta de planejamento. "Com antecedência os organizadores podem conseguir o apoio da prefeitura para bloquear ruas, oferecer banheiros químicos e limpeza ao final do evento. No ano passado não teve nada disso e na manhã seguinte parecia que um tsunami havia passado na praça", diz.

A cirurgiã dentista Érika Feller, 25 anos, que participou do encontro do ano passado, diz que o réiveillon deixa a desejar na questão da estrutura. Por outro lado, ela não viu brigas e percebeu a presença de policiais no local. "Participarei novamente neste ano porque acredito que o evento anterior serviu para se analisar os erros, os acertos e consertar tudo para agora."

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