As cidades paranaenses estão em uma situação privilegiada em relação aos demais municípios brasileiros, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que avalia saúde, educação e emprego e renda. Dos 399 municípios do estado, 383 possuem o IFDM moderado (entre 0,6 e 0,8) ou alto (entre 0,8 e 1,0), o que corresponde a 96%. Esse resultado só foi possível porque 66,4% das cidades registraram avanços na comparação entre 2012 e 2013. No Brasil, a média de cidades com esse nível de desenvolvimento é de 68,1%.
O economista Jonathas Goulart, da equipe técnica que elaborou o índice, ressalta que o melhor desempenho do estado é em saúde, vertente em que 244 municípios possuem alto desenvolvimento. Duas cidades paranaenses – Novo Itacolomi (0,9861), no Norte, e Paula Freitas (0,9827), no Sudeste – figuram entre as dez melhores cidades do Brasil neste quesito.
A vertente educação também impulsionou o bom desempenho do estado, pois foi a área em que mais cidades evoluíram. De acordo com o IFDM, 77,9% dos municípios avançaram no setor, sendo que 161 cidades apresentam alto desenvolvimento.
No estado, assim como em todo o país, os tropeços vieram na vertente de emprego e renda. Além de ser a área em que menos municípios apresentaram evolução, 42,9% registraram queda no indicador e 17 cidades possuem baixo desenvolvimento.
Melhores x piores
Para entrar no seleto ranking das dez cidades com melhor desempenho no IFDM no Paraná, os municípios alcançaram alto desenvolvimento nas três vertentes. A liderança ficou com Maringá, no Noroeste do estado, que cresceu 1,3% e atingiu o índice de 0,8740 (22º posição no ranking nacional). A cidade subiu duas posições, ultrapassando Apucarana (2º) e Cianorte (3º), no Norte do estado. As duas cidades caíram no ranking porque viram seus indicadores de emprego e renda diminuir. Completam a lista Campo Mourão (4º), Paranavaí (5º), Curitiba (6º), Pato Branco (7º), Medianeira (8º), Francisco Beltrão (9º) e Toledo (10º). Entre elas, a maior escalada foi de Medianeira, no Oeste, saltou 12 posições em relação ao desempenho de 2012 graças a vertente de emprego e renda.
Na ponta de baixo da tabela, entre os piores indicadores do estado, quatro cidades mostram como é difícil evoluir: Piraquara (395º), Cândido de Abreu (397º), Curiúva (398º) e Doutor Ulysses (399º) permaneceram na rabeira por dois anos consecutivos. Embora tenham um índice inferior em comparação ao restante do estado, as cidades evoluíram. Doutor Ulysses, por exemplo, viu seu índice crescer 17,1%, com melhorias nas três vertentes. Mesmo assim, os avanços não foram suficientes para que a cidade deixasse a lanterna da lista, que ocupa desde 2011.