Como funciona
Os aplicativos de celular para chamar táxi funcionam a partir da tecnologia de GPS. A versão de usuário mostra no mapa os táxis disponíveis nas proximidades. Ao pedir por um táxi, a localização do passageiro será enviada a esses carros. Quando um motorista aceita a corrida, os ícones dos outros veículos desaparecem da tela, e o aplicativo informa o nome do motorista, telefone e modelo do carro.
É possível aplicar certos filtros, como requisitar apenas táxis com porta-malas grande ou que aceite pagamento em cartão. A partir de então, o cliente pode acompanhar a aproximação do táxi. Existe ainda um sistema de mensagem direta para orientações adicionais. O passageiro pode pedir ao motorista que toque a campainha ou avise o porteiro ao chegar.
O crescimento no uso de aplicativos de celular para chamar táxi abriu uma guerra entre as cooperativas de radiotáxi e os motoristas. O serviço, disponibilizado por empresas de programação em internet, ameaça o negócio das centrais ao tomar para si a função de conectar o passageiro a um taxista disponível.
Desde janeiro deste ano, quando os primeiros aplicativos começaram a ser disponibilizados para Curitiba, já somam 10% do total de atendimentos. Em resposta, as centrais têm desenvolvido e lançado seus próprios programas, destinados exclusivamente aos associados, e coibido o uso de outras ferramentas semelhantes.
Os taxistas apontam maior vantagem nos aplicativos livres, em que pagam uma taxa de R$ 1,50, em média, a cada corrida realizada independentemente de distância ou bandeira. Consideram um valor mais acessível se comparado ao valor das centrais, em torno de R$ 800 mensais, conforme a associação. "Os aplicativos tiram o intermediário. Hoje, são vários funcionários que precisam ser bancados pelos motoristas, que pagam o rateio mesmo se ficarem doentes ou precisarem se ausentar", destaca Abimael Mardegan, presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná (Sinditaxi). Segundo ele, as centrais têm ameaçado os taxistas com punições caso sejam flagrados usando outros aplicativos.
No outro corner, os dirigentes das associações ressaltam que as centrais não têm fins lucrativos: o "rateio" tem esse nome justamente por ser uma divisão igualitária de despesas para a manutenção do teleatendimento. Também afirmam que os aplicativos sem vínculo com as associações oferecem risco ao passageiro.
"Qualquer pessoa pode baixar a versão de motorista desses programas e fazer corridas piratas. Em São Paulo e Rio têm ocorrido assaltos por causa disso", alerta Carlos Felber, presidente da Associação das Centrais de Radiotáxi de Curitiba e Região Metropolitana. "Querem denegrir a imagem das radiotáxis, que têm anos de serviço", acusa Julcimar Francisco Zambon, diretor presidente da Radiotáxi Sereia. "É muito fácil uma empresa vir de fora oferecer custo baixo como chamariz. Mas até quando vão manter esses valores?", questiona.
O aplicativo Taxijá, sem vínculo com centrais, foi lançado em Curitiba em janeiro e atualmente tem 600 taxistas cadastrados. O preço cobrado é de R$ 1,50 por corrida atendida, com isenção nos três primeiros meses de operação. De acordo com a companhia, os motoristas líderes de utilização estão fazendo 200 corridas mensais com o aplicativo. "Somos uma empresa de tecnologia oferecendo uma solução. Procuramos não nos envolver (na disputa com as centrais)", afirma Carlos de Lucas Neto, diretor de operação da empresa em Curitiba.
As centrais apresentaram reclamações à Urbs. A empresa gestora do transporte público instou os aplicativos "independentes" a se cadastrarem junto ao órgão. Segundo a assessoria de imprensa da Urbs, no entanto, a oferta de aplicativos, atrelados ou não às centrais, é estimulada pelo órgão.
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