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As professoras e os alunos da Escola Municipal Julia di Lena: o mundo na sala de aula. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
As professoras e os alunos da Escola Municipal Julia di Lena: o mundo na sala de aula.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Um novo jeito de ensinar, que permita ao aluno, junto ao professor, colaborar para o avanço do conhecimento. Com a proposta de estimular o protagonismo dos estudantes e um currículo escolar personalizado e continuado, 178 instituições educacionais brasileiras – entre organizações não governamentais, escolas públicas e particulares – foram consideradas escolas inovadoras pelo Ministério da Educação (MEC). Em Curitiba, três instituições fazem parte do chamado “Mapa da Inovação e Criatividade na Educação Básica”– no Paraná todo são seis (some-se uma em Clevelândia, outra em Jacarezinho e uma em Toledo).

Na capital do estado, duas escolas foram consideradas “organizações inovadoras” – CEI Júlio Moreira, no São Braz; a Casa Labirinto – e uma terceira na categoria “plano de ação para a inovação”, que avalia instituições que apresentam projetos consistentes no caminho da criatividade. Trata-se da Escola Municipal Julia Amaral di Lena, no bairro da Barreirinha.

O projeto

O Ministério da Educação informa que 682 entidades se inscreveram para receber o título de ‘instituição inovadoras”, sendo que 178 foram consideradas aptas. Dessas, 138 instituições já trilham um longo caminho na prática da inovação e 40 organizações que estão com um plano elaborado caminhando na direção da inovação com vistas a garantir qualidade à educação oferecida. As organizações selecionadas traçam o perfil da inovação na educação do país. Elas estão presentes nas cinco regiões brasileiras e sua distribuição corresponde à da população: mais da metade (50,8%) estão na Região Sudeste, seguida da Região Nordeste (21,9%), Sul (13,7%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (7,6%).

Embora muitas vezes se associe o termo “inovação” a novidades tecnológicas, a proposta do mapeamento do MEC visa reconhecer práticas pedagógicas que ajudem a despertar os alunos para o saber. Em 2014, o “Julia di Lena”, que possui cerca de 1,2 mil alunos, realizou o projeto “AdoleSer”, cujo objetivo é motivar os participantes a perceberem sua importância na sociedade.

A diretora Julianna de Oliveira Cruz conta que o projeto foi tímido, mas serviu para a formação de um outro programa desenvolvido ano passado, chamado “Brasil, a nossa casa”, reconhecido pelo governo federal. Cada turma adotou um estado brasileiro e foi atrás de diversas informações que auxiliaram no aprendizado durante todo o ano letivo. “O projeto norteou os conteúdos dados nas diferentes disciplinas. A ideia é fazer o aluno aprender para a vida, com ampliação do lastro cultural”, diz.

A partir de dados, fatos e características dos diferentes estados brasileiros, foram trabalhados conteúdos multidisciplinares de História, Geografia, Literatura, Português e Matemática .

Neste ano, a proposta terá continuidade, com o “Projeto Nações”, grande estudo de características de algumas nações que virão para a Olimpíada.

“Programaê”

Na Escola Municipal Júlio Moreira, o projeto Programaê, aliado às práticas educativas desenvolvidas na educação em tempo integral, une inovação e criatividade. A proposta busca ensinar tecnologia de forma simples para os estudantes. “Essa é uma iniciativa que torna possível a integração da programação ao trabalho curricular pedagógico”, explica a professora Ana Paula Mateus. Os estudantes participaram de aulas de programação de sistemas utilizando os sites Code.org e Scratch para criarem aulas animações. A atividade buscou estimular criatividade e capacidade de resolver problemas com o uso de recursos tecnológicos e a apropriação de linguagem de programação.

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