A cada cinco dias, uma escola é invadida em S. José dos Pinhais

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Nem o sistema de alarmes tem intimidado os vândalos que estão invadindo escolas e creches em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Só este ano já foram 55 registros, média de um arrombamento a cada cinco dias. Segundo o secretário de Segurança do município, Ariovaldo Gouveia Sobrinho, a prefeitura gasta em média R$ 2 milhões por ano com empresas de monitoramento, mas nem essa medida tem afastado os arruaceiros.

Em alguns casos, os estabelecimentos de ensino chegam a ser invadidos mais de uma vez, como o Centro de Educação Infantil Cantinho do Céu, no bairro Borda do Campo. Arrombado na segunda-feira da semana passada, a creche foi invadida mais uma vez no fim da tarde do último sábado. Os invasores tiveram acesso a seis salas de aula e berçários, e destruíram o material didático utilizado pelas crianças. Picharam cortinas, roupas de cama e móveis. Também rasgaram livros, espalharam tinta guache pelo chão e pelas paredes. Os cadernos dos alunos, depois de cortados, foram jogados no jardim e no pátio. Um rádio gravador foi roubado na última vez. Segundo a coordenadora Sebastiana Cardoso, só na última invasão o prejuízo calculado foi de R$ 1,5 mil. "A situação poderia ser pior, se não fosse o alarme e se não houvesse grades nas janelas do outro bloco", diz.

Segundo ela, o prejuízo não é só material. Ontem, das 234 crianças atendidas, só 30 permaneceram na escola. As salas atingidas pela ação dos vândalos ainda estavam sendo recuperadas e os pais preferiram levar os filhos para casa. De acordo com uma funcionária, que não quer ser identificada, a comunidade está assustada. A coordenadora diz que recebeu telefonemas denunciando os invasores, mas ela apela para que a população ligue para a polícia.

O secretário de Educação do município, Imar Augusto, espera a conclusão das investigações policiais para descobrir os responsáveis. No caso do Cantinho do Céu, a suspeita é de que os vândalos sejam menores, porque as janelas pelas quais conseguiram entrar não eram grandes o suficiente para um adulto passar.