Iran é presenteada e também compra imagens do santo aonde quer que vá| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

Ele é um dos santos mais carismáticos da Igreja Cató­­lica. Há muito tempo, o carinho dele pelos pobres e pelos animais desperta devoção. Mas, para uma educadora londrinense, São Francisco de Assis é mais do que um santo, é um amigo que a acompanha desde criança e que, nos últimos 15 anos, virou também tema de uma coletânea. Iran Loureiro Cardoso Menegasse, 58 anos, abre mão de quase tudo na vida, menos da coleção de estátuas de São Francisco.

CARREGANDO :)

Iran conta que começou a reunir as imagens meio que por acaso, sem muito pensar. "Quando era criança, gostava de colecionar coisas como chaveiros, lápis, selos. Mas nunca pensei em estátuas, apesar de sempre ter gostado muito de São Francisco. A história dele é muito linda", recorda. Um dia, porém, sua irmã caçula viajou e trouxe de lembrança a primeira estátua. "Era simples, a que retrata-o na posição mais conhecida. Adorei."

De lá para cá, todos os amigos e parentes que viajam trazem de lembrança para ela uma estátua de São Francisco. Há estátuas de todos os cantos do mundo, desde minúsculas até uma de mais de meio metro. "Faz um tempinho que não conto [quantas estátuas tem]. Mas devo ter umas 80 agora", diz Iran.

Publicidade

Há exemplares de barro, de palha, dentro de pinhão. "Essa de giz foi engraçada, porque estava em Buenos Aires e num passeio de barco acabamos chegando bem cedinho a uma feirinha. Aí tinha um professor que esculpia coisa em giz. E lógico que tinha um Chiquinho para mim."

Muitas estátuas estão reunidas em um balcão na sala da casa dela, "meio espremidas". Mas só ela pode colocar a mão, seja para organizar ou para limpar. "Proibi a empregada de chegar perto. Se quebrar alguma na minha mão, sou a responsável. Mas ai se quebrar na mão de outra pessoa", brinca. Há outras estátuas espalhadas pela casa. A peça maior, por exemplo, está na varanda. E, além disso, ela tem vários utensílios com imagem de São Francisco, como um porta-garrafa que trouxe de Assis, na Itália – a terra do santo.

A educadora não consegue dizer qual a peça preferida. "Pra mim, todas têm muito valor, porque a maioria foi presente. As pessoas viajam e se lembram de mim. Então, todas me fazem muito bem."