Brasília – A campanha do segundo turno das eleições para a Presidência da República começou já no domingo à noite. Assim que ficou comprovado que a disputa não seria definida no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deram início a uma corrida em busca de apoios.

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Como a candidata derrotada do PSol, Heloísa Helena, já anunciou que vai adotar a neutralidade, as expectativas estão sobre o pedetista Cristovam Buarque. Lula e Alckmin vão trabalhar para conquistar o apoio do senador – que encerrou a eleição com 2,64% dos votos. Mas tanto o petista como o tucano estudam estratégias para conquistar apoios de integrantes do PSol e, conseqüentemente, dos eleitores de Heloísa Helena.

Além de Cristovam e Helena, tucanos e petistas vão negociar com Luciano Bivar (PSL) e José Maria Eymael (PSDC). A candidata do PRP, Ana Maria Rangel, já anunciou apoio a Alckmin.

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A estratégia para o segundo turno foram discutidas nas duas campanhas presidenciais durante o dia de ontem. Lula se reuniu pela manhã com coordenadores políticos do governo e o coordenador nacional da sua campanha, Marco Aurélio Garcia. Alckmin esteve à tarde em Brasília, onde também se reuniu com a coordenação da sua campanha.

Mesmo com o acordo fechado entre o PMDB e Lula no primeiro turno, Alckmin disse ontem que sua legenda dará ênfase nas conversações com os peemedebistas. Segundo o tucano, o PMDB já o apoiou em vários estados, como em Santa Catarina, onde ele foi o mais votado e obteve o apoio do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que disputará o segundo turno contra Esperidião Amim (PP). Ele disse que teve o apoio também do PMDB do ex-governador Jarbas Vasconcelos, em Pernambuco, e de Joaquim Roriz, eleito senador no Distrito Federal. Lula classificou como "sóbria" a decisão de Heloísa Helena de optar pela neutralidade e surpreendeu ao anunciar apoio ao senador Sérgio Cabral (PMDB), que disputa o segundo turno com Denise Frossard (PPS) no Rio de Janeiro. Frossard apóia Alckmin.