Tecnologia
Para se comunicar por telefone na década de 50 era preciso entrar em filas e às vezes, mesmo com o auxílio de uma telefonista, a ligação demorava um dia para ser processada. Foi no final dos anos 50 e início de 60 que Curitiba teve o seu primeiro canal de televisão.
Cinelândia
O termo foi cunhado entre as décadas de 30 e 50 para se referir à menor avenida do mundo, a Luiz Xavier, que concentrava as principais salas de exibição da cidade (como Cine Ritz, Ópera, Palácio e Odeon). Era o local para onde as pessoas iam para ver e serem vistas.
Quando visitar
A exposição Curitiba Anos 50 fica aberta até novembro de 2013, das 9 às 12 horas e das 13 às 18 horas de segunda a sexta-feira. Sábados, domingos e feriados funciona das 9 às 15 horas. Entrada franca. Rua Claudino dos Santos 79, São Francisco, no Memorial de Curitiba.
A notícia parece ser meio absurda, mas era o que os jornais estampavam em suas páginas na década de 1950 em Curitiba: a capital tinha oito casas sendo construídas por dia útil. E já contabilizava, nessa década, cerca de 40 prédios com dez ou mais andares. Os dados mostram que os chamados anos dourados que passavam pelo Brasil em decorrência do final das duas grandes guerras, da industrialização e aumento de empregos também dava as caras por aqui.
A população rural diminuiu bruscamente e as cidades, até então provincianas como a capital do Paraná, começaram a inchar. Isso impulsionou a construção civil e o desenvolvimento. A influência do capitalismo norte-americano também cresceu nesses dez anos: as casas passaram a ter seus liquidificadores e enceradeiras, e o número de tomadas aumentou a ponto de uma residência ter sido projetada com 11 tomadas (apenas na cozinha!). A população saía com fervor às ruas para ir ao cinema ou ao hipódromo recém- inaugurado. Sempre de olho na roupa do próximo.
"Não é errado afirmar que havia mais sociabilidade nas ruas e cafés dos anos 50 em Curitiba do que na atualidade", afirma o historiador Marcelo Sutil que, com a historiadora Maria Luíza Baracho e a arquiteta Dóris Teixeira, responde pela curadoria da exposição Curitiba Anos 50, lançada no Memorial de Curitiba, evento da Fundação Cultural. A mostra traz fotos que revelam a cidade nos anos 50 e histórias curiosas, como a dos lugares que existiam e eram velados a elas: o armazém Guairacá, por exemplo, era dedicado exclusivamente aos homens que queriam beber uísque e discutir política, economia e esportes.
Para além do Portão
Eram 180 mil os curitibanos. Com tanta gente, os bondes perderam espaço e a frota de ônibus coletivos aumentou. As ruas, muitas até então empoeiradas, ganharam pavimentação e os bairros se expandiram. "A cidade ia para além do Portão, Água Verde e Santa Quitéria. Além disso, foi a época da verticalização. O Edifício Garcez havia sido construído em 1936 e, em dez anos, era o mais alto com apenas oito andares. Quando surgem, na década de 50, os prédios de 20 andares, isso surpreende a cidade que ganhou jeito de metrópole", explica Sutil. Além dos "arranha-céus", as ruas receberam ares modernistas, com construções mais retas e com uma nova linguagem, como os prédios da Reitoria da UFPR, a Biblioteca Pública e o próprio Palácio Iguaçu. É ainda a época em que se comemora o centenário de independência do Paraná e o período em que o estado é governado por Bento Munhoz da Rocha. "O Centro Cívico começou a ser construído e foi fonte de inspiração para o projeto de Brasília", explica o historiador Wilson Waske, professor de História da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Ano a ano
Curitiba em poucas palavras na década de 1950:
1950 180 mil pessoas viviam na capital. É criada a Companhia de Transportes Coletivos e a cidade ganha uma nova frota de ônibus, conhecidos como coachs.
1951 Começa o governo de Bento Munhoz, que vai até 1955.
1952 Bondes deixam de circular em Curitiba.
1953 Ocorre a exposição mundial do café, reflexo do boom econômico. É criado o novo Código de Posturas e Obras do Município. Também é comemorado o Centenário de Independência do Paraná.
1954 Em dezembro deste ano é inaugurado o Palácio Iguaçu.
1955 No final do ano é inaugurado o Hipódromo Club do Paraná.
1956 A inauguração do teatro experimental do Teatro Guaíra movimenta a cidade.
1957 Curitiba ganha a primeira galeria profissional de arte moderna, a Cocaco.
1958 É instalado na Praça Rui Barbosa o Teatro de Bolso, dirigido por Ary Fontoura.
1959 Acontece a Guerra do Pente, briga entre comerciante e um cliente que pediu a nota fiscal de um pente comprado para participar de um concurso que havia na cidade.
1960 Entra no ar a Televisão Paranaense Canal 12 (a primeira de Curitiba). Começa a funcionar, em seguida, a TV Paraná, Canal 6.
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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