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Desde 1974, o Patrimônio Cultural do estado trava uma batalha com os comerciantes da Rua XV de Novembro pela preservação dos imóveis históricos. Via tombada logo após a instalação do passeio, todo o entorno do calçadão deve, por lei, ter a arquitetura preservada – além da XV, a outra rua em todo o Paraná que é tombada é a Comendador Araújo, também no Centro de Curitiba. Mas a tarefa não é das mais fáceis.

A coordenadora do Patrimônio Cultural da Secretaria Estadual de Cultura, Rosina Parchen, explica que o principal problema é em relação à publicidade. Em conjunto com a prefeitura de Curitiba, as constantes fiscalizações do comércio local não conseguem vencer a insistência dos lojistas em estamparem suas marcas. "Na fiscalização, quando a gente está terminando de limpar a última quadra, já começou tudo de volta na primeira", afirma Rosina.

A coordenadora lamenta também o fato de alguns imóveis do trecho terem perdido suas características por terem sofrido reformas antes do tombamento. "As lojas abriram grandes vãos nas fachadas, retirando as portas originais, de quando os imóveis eram residenciais", diz Rosina.

Para encarar a dificuldade da manutenção, o Patrimônio Histórico tem o apoio da Associação Comercial do Paraná (ACP). Desde 2000, a entidade coordena o programa Centro Vivo, que trabalha na revitalização da área central. "A intenção é resgatar a identidade cultural da XV para atrair mais pessoas e, dessa forma, movimentar o comércio local", explica o presidente do conselho gestor do programa, Jonel Chede. (MXV)

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