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Crítica leve

Humor é chamariz para jovens

A internet também mostrou que o humor é uma alternativa para incentivar o jovem a participar e se mobilizar, ainda que de forma inicial. O blogueiro Raphael Mendes é criador de um dos blogs de humor mais famosos do país. Com um acesso de 90 mil internautas por dia e quase 110 mil comentários, ele é um dos poucos humoristas na rede que consegue sobreviver do "ofício". Tudo começou em 2007, quando um vídeo feito por ele concorreu a um prêmio da MTV. Hoje, mensagens que retratem com humor a religião, por exemplo, chegam a render mais de 100 comentários.

O blogueiro Jhonny Jessé tem um blog e um twitter chamados Coca Gelada e defende que o humor é um chamariz para o jovem. Ele diz que os blogueiros usam esta linguagem hoje para fazer críticas. No espaço há discussões de temas atuais, como racismo, religião e política, de uma forma leve. (PC)

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Reclame aqui

Empresas na mira dos internautas

A internet também tem interferido no comportamento das empresas. Com as redes sociais, as críticas podem ganhar uma amplitude que antes não existia. Além de o usuário poder reclamar nas próprias contas do Twitter e Facebook, por exemplo, já existem sites especializados em concentrar reclamações dos consumidores e cobrar respostas das empresas. Em relação à política, é cada vez maior a pressão da sociedade por transparência e divulgação de gastos em páginas da internet.

O site Reclame Aqui, um dos maiores no Brasil, faz um ranking das reclamações e há empresas que em menos de um ano já têm mais de 20 mil críticas. No final do ano passado duas empresas de comércio eletrônico foram alvo de críticas dos internautas por não entregarem os produtos comprados até o Natal. Uma deles continua até hoje entre os primeiros do ranking do Reclame Aqui. (PC)

Mundo virtual com vocação para o bem

A internet também se tornou espaço, nos últimos anos, de mobilizações em prol de causas sociais. Existem grupos de discussões, comunidades virtuais, blogs e campanhas que atuam em diversas temáticas, como proteção à infância, pessoas vivendo com HIV/aids, educação ambiental, respeito à diversidade etc. A lista da rede é tão extensa quanto as manifestações do mundo real.

Curadora do Encontro de Twitteiros Culturais do Brasil (ETC Brasil), Fernanda Musardo diz que unir as pessoas e mobilizá-las por algumas causas é a "alma" das redes sociais e por isso elas exercem tanta influência. "Conseguir mobilizar pessoas que você não conhece pessoalmente é um grande feito. Não importa o tamanho da ação."

No Acre, o Encontro de Twi­­t­­teiros Culturais (ETC) voltou suas atividades para a área social e cultural. Andréa Zílio, coordenadora estadual do grupo, explica que a cada mês são realizados debates em espaços públicos com internet livre e no dia twitteiros "oficiais" reproduzem tudo o que os palestrantes estão discutindo. O ETC Acre também apóia o projeto Floresta Digital, que pretende levar internet livre para todos os cidadãos.

Seguidores

No início deste ano, uma organização não governamental que apóia pessoas com HIV/aids criou uma meta corajosa. A ONG Vhiver quer que o jovem representante da instituição Thiago Victor Barbosa, portador do vírus, tenha 1 milhão de seguidores na rede social Twitter. O objetivo da campanha publicitária é difundir a causa e os serviços prestados pela ONG, que atua em Minas Gerais, ajudando assim a quebrar o preconceito.

Apesar do sucesso na rede, Barbosa afirma que ainda há um longo caminho para que a internet consiga mobilizar de verdade a juventude. Para ele, ainda falta uma abordagem mais qualificada e engajamento. "O ativismo de verdade necessita de embasamento e conteúdo", argumenta.

Na última semana também surgiram na internet diversas propostas de mobilizações para lembrar o dia 18 de maio, data nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Uma campanha fez com que mais de 100 mil mensagens no Twitter tivessem a expressão "carinho de verdade", que dá nome à iniciativa. (PC)

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