09/02 - Começa a greve dos professores da rede estadual de ensino, no mesmo dia em que estava previsto o início do ano letivo. Cerca de 20 itens estão na pauta de reivindicações, incluindo um pedido para o governo estadual retirar do Legislativo o projeto de lei que muda a previdência dos servidores.
04/03 - Atendendo pedido de liminar do governo estadual, o desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Paraná, determina o fim da greve, sob pena de multa diária de R$ 20 mil ao sindicato dos educadores.
09/03 - Governo estadual define propostas para os itens de reivindicação, em uma “carta compromisso” assinada no dia 6 de março, e professores decidem em assembleia suspender a greve.
12/03 - Início das aulas após o fim da greve.
27/04 - Começa a segunda etapa da greve. Ela é retomada porque, segundo o sindicato dos educadores, o governo estadual descumpriu item da “carta compromisso”, de fazer um amplo debate sobre o projeto de lei que muda o fundo de previdência dos servidores. Já o governo estadual defende que o debate foi feito e inclui um novo projeto de lei da previdência na pauta da Assembleia Legislativa do estado. Outros servidores do estado – como os professores universitários – também iniciam paralisações em protesto contra a votação do projeto de lei.
27/04 - Atendendo a um pedido do governo estadual, o desembargador Luiz Mateus de Lima se manifesta contra a retomada da greve e estabelece uma multa diária de R$ 40 mil ao sindicato dos educadores caso os professores permaneçam fora das salas de aula, além de uma multa diária de R$ 500 ao presidente da entidade, Hermes Leão Silva.
29/04 - Professores são proibidos de acompanhar a sessão do Legislativo que discutia o projeto de lei da previdência. Do lado de fora, os policias militares que cercavam o prédio da Assembleia Legislativa reagem violentamente contra o protesto dos professores. Mais de 200 pessoas ficam feridas e o episódio ganha repercussão internacional.
30/04 - Governador do estado Beto Richa (PSDB) sanciona a lei da previdência.
05/05 - Servidores e população em geral realizam em Curitiba um ato de repúdio ao episódio do último dia 29. Na sequência, ainda pela manhã, representantes do Fórum Estadual dos Servidores (FES) se reúnem com a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara, para tratar da data-base. Servidores querem ao menos a correção inflacionária, de 8,17% (IPCA), mas o governo estadual não garante a aplicação do índice e pede mais uma semana para a pasta da Fazenda estudar possibilidades.
05/05 - À tarde, sob influência da indefinição em torno da data-base, os professores decidem em assembleia manter a greve.
06/05 - Cai o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, na esteira do episódio do último dia 29. Sua exoneração também era cobrada pelo sindicato dos educadores, que alegavam não ter diálogo com Ferreira. Ana Seres Trento Comin assume a pasta.
08/05 - Ainda na esteira do episódio do dia 29, o coronel César Kogut faz críticas a Fernando Francischini, secretário de Segurança Pública, e pede exoneração do comando da Polícia Militar. Francischini pede demissão na sequência.
12/05 - Em nova reunião sobre a data-base, governo estadual mantém indefinição sobre data-base e pede mais uma semana ao FES. Servidores saem indignados da reunião e reforçam discurso em defesa da greve. Governo estadual repete que a greve foi retomada sem motivo, já que entende que as discussões sobre a previdência foram realizadas, e critica a “mudança de pauta” da categoria, em referência à data-base.
Fonte: Redação.