Mar e calor são os únicos pontos em comum entre os verões de outros tempos e o presente no litoral paranaense. Desde a década de 1970, a estrutura de Matinhos, que sedia o balneário de Caiobá, uma das mais frequentadas praias do estado, passa por mudanças significativas.
São prédios que ganharam espaço, estradas que foram abertas e comércios que movimentam o município na temporada. A cidadezinha cujo povoado já existia desde o final dos anos 1930 - até então fazia parte de Guaratuba - foi emancipada em 1967. Hoje, a população de pouco mais de 30 mil habitantes, em contraste com os pequenos grupos de caboclos que ali viviam no início, triplica nos dias mais quentes e festivos do ano.
GALERIA: veja imagens de Matinhos na década de 1940 e hoje
“O primeiro grande edifício foi o Caiobá, ao lado do Morro do Boi”, recorda o diretor técnico da Secretaria Municipal de Turismo, Edson Alberto Utrabo. Ele conta que a expansão imobiliária só veio mais tarde, quando foram abertos novos acessos às praias Mansa e Brava da cidade. A construção da PR-412, que liga Praia de Leste, em Pontal do Paraná, a Matinhos, também foi um ponto importante na história dos verões passados no litoral.
Antigamente, quem ia até a praia usava “jardineiras” ou charretes para percorrer as poucas ruas que Caiobá oferecia. No centro de Matinhos, as poucas casas existentes eram de madeira. A área que hoje é o pico de Matinhos, cartão postal da cidade e ponto de encontro de surfistas, ainda estava longe de ter quiosques por perto para atender veranistas.
O verde tomava conta do cenário visitado pelas famílias da época que queriam se refrescar no mar, sem qualquer monitoramento de guarda-vidas. “Aos poucos, a orla da praia foi modificada, nos anos 1970, e se tornou o que temos hoje”, pontua Utrabo.
A expansão imobiliária após a emancipação, no entanto, também teve implicações sentidas por moradores e veranistas até hoje. “Com o crescimento da cidade, tivemos a mudança no curso dos canais, retirada de barrancos de areia e isso ocasionou problemas com fluxo da maré e erosão”, pontua o diretor técnico, ao se referir a alagamentos comuns na cidade com as chuvas do verão. Para lidar com essa condição, foi criado um projeto de contenção, com moles e colchões de pedras.
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