Ronaldo Fraga, estilista mineiro que desfilou ontem no quarto dia da São Paulo Fashion Week, se apropriou do semiárido brasileiro e trouxe para a passarela uma ópera fashion feita de cenário, trilha sonora impecável e roupa poética. Com uma coleção feita de couro, tricô em fios rústicos, tecidos delicados e estampados, Ronaldo recriou e revalidou a indumentária sertaneja, em uma cartela de cores que varia de acordo com a luz do sol indo dos tons ocres e queimados das horas mais quentes, ao azul da noite.
Entre as tendências apresentadas pelo estilista estão as calças cropped (curtas), silhueta levemente descolada do corpo, saias longas e tramas evidentes de pitadas de literatura, música e cultura popular. Outra a trabalhar com couro foi a também mineira Patricia Motta. Na passarela, uma moda elegante feita com o material em diversos tratamentos: navalhado, bordado, metalizado e modelado como tecido. Entre as peças, vestidos justos, cinturas marcadas e saias godê.
Com uma proposta futurista, Pedro Lourenço abriu os desfiles de ontem no teatro da Faap com um inverno sóbrio, de formas secas, retas, cujo curso só muda por causa das formas do corpo. O desfile foi a prova da excelência técnica que o jovem estilista vem conquistando em pouco tempo. Corte preciso, costura delicada e apuro na modelagem, tudo arrematado por efeitos tecnológicos.
O penúltimo dia da SPFW teve ainda os desfiles de Pat Pats, Lino Villaventura e Colcci, com a presença de Gisele Bündchen, que volta a representar a marca. Para hoje estão programados os desfiles de Reinaldo Lourenço, Amapô, Têca, Alexandre Herchcovitch (masculino) e Samuel Cirnancsk.
*A jornalista viajou a convite do evento.
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