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A um mês da temporada, estragos na infraestrutura preocupam no Litoral

Calçadão de Matinhos foi atingido pela ressaca no fim de semana. | Antônio More/Gazeta do Povo
Calçadão de Matinhos foi atingido pela ressaca no fim de semana. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Após a ressaca do último fim de semana que comprometeu parte da estrutura de cidades do Litoral paranaense e assustou moradores, os comerciantes veem ameaças à possibilidade de lucro com a temporada de verão que está chegando.

De acordo com o presidente da Assindilitoral, Carlos Adalberto Freire, que representa hotéis, pousadas, bares e restaurantes do Litoral paranaense, o lucro dos comerciantes para a próxima temporada pode cair entre 15% e 20% .“A expectativa é essa, mas, se conseguirmos equilibrar com a temporada passada, vai ser excelente. Precisamos de uma ajuda da meteorologia também.”

Em Matinhos, a ressaca chegou a destruir parte do calçadão dos balneários Flamingo e Riviera, além do Pico de Matinhos, tradicional local da cidade que reúne atletas do surf. Os problemas de infraestrutura, que já eram antigos, pioraram com a ressaca, afirma Freire.

O fenômeno que atingiu o Litoral paranaense sofreu a influência de um ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul e também causou destruição nos balneários gaúchos. Segundo o Simepar, não é possível prever se há chance de o ciclone acontecer novamente durante o verão.

Pessimismo

A situação, segundo Freire, preocupa os comerciantes. O dirigente afirma que os empresários já estavam contando com uma temporada mais fraca em um período de crise econômica, greve de professores e escolas ocupadas no estado. “Tudo isso influencia para a gente. As férias vão ser menores, o feriado de ano-novo vai ter só dois dias. Isso tudo piora a situação.”

A reportagem esteve em Matinhos na segunda-feira (31) e ouviu relatos de comerciantes pessimistas com a temporada. Nos restaurantes na beira da praia, o fim semana que normalmente é cheio de trabalho na cozinha foi usado para fazer a limpeza do salão e das mesas, que quase foram levadas pela maré.

Para Freire, há anos o governo do estado não é “sensível” às questões das cidades litorâneas. “Agora não tem mais o que fazer, precisa arrumar tudo”, desabafou. O governo diz que estão em andamento ações de melhoria.

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