Abalada, menina que foi sequestrada não dá detalhes sobre o crime

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A polícia ainda não sabe o que ocorreu no período em que uma menina de oito anos de idade, sequestrada na noite de segunda-feira (1º), ficou em poder do criminoso. De acordo com informações do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), a garota está bastante abalada e se recusa a falar sobre o caso. Ela desapareceu por volta das 19 horas de segunda, no Centro, e foi encontrada duas horas depois, na rodovia BR-277.

"Tentamos ouvi-la algumas vezes, mas ela não fala nada. Vamos esperar que com o passar do tempo ela acabe dando detalhes que nos ajudem a esclarecer este caso. Por enquanto, não sabemos nem quem a levou do Centro", disse o superintendente do Sicride, Marcos Gracia.

O caso ainda é um mistério para a polícia. A menina foi submetida a exames para saber se ela sofreu abuso sexual, mas o Sicride ainda não recebeu os laudos. A criança desapareceu na Rua José Loureiro, no Centro. A mãe, que é catadora de materiais recicláveis, havia deixado a filha na calçada e saiu para apanhar papelões em outro ponto. Quando a mulher retornou, a menina não estava no local.

A criança foi encontrada próximo a um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-277, por volta das 21 horas. De acordo com os agentes da PRF, a vítima aparentava estar assustada e chorava muito. O Sicride solicitou imagens das câmeras de segurança de um posto, mas as gravações não revelaram detalhes que auxiliassem no caso.

"Também conversamos com os agentes da PRF que trabalhavam quando a garota foi encontrada, mas eles também não viram quem a abandonou ali", acrescentou o superintendente.

A menina recebeu atendimento médico em um hospital infantil e está sob constante acompanhamento psicológico. A polícia ainda não tem previsão para o recebimento dos laudos.

Outro caso

Dez dias antes, um caso parecido ocorreu em Curitiba. Uma menina de quatro anos foi sequestrada no bairro Prado Velho e abandonada cerca de quatro horas depois, no Santa Felicidade. O caso é investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).

Segundo a mãe da criança, por volta das 8h30 do dia 22 de outubro, a filha saiu de casa para ir à casa da tia, que fica próximo. Quando a mulher foi buscar a menina, percebeu que a criança tinha desaparecido.

A garota foi abandonada na Rua Alcides Darkanchy, em Santa Felicidade, por volta das 12h45, por um homem moreno e calvo. Na ocasião, a menina contou que o suspeito havia oferecido uma boneca e R$ 1 para acompanhá-lo. A criança, no entanto, não revelou se foi submetida a algum tipo de violência. A vítima também recebeu acompanhamento médico e psicológico e foi submetida a exames para constatar se ela foi abusada.