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Ponta Grossa – De antigo abrigo de crianças, fechado judicialmente após denúncias de irregularidades, para escola de ensino fundamental. O Lar de Meninas Oricena Vargas, em Piraí do Sul, nos Campos Gerais, será comprado pela prefeitura para ser sede de uma escola de ensino fundamental.

O prédio do Exército da Salvação, que administrava o antigo abrigo, será vendido por R$ 595 mil. Após reforma de adaptação – cujo valor não foi levantado pela prefeitura –, o imóvel receberá 150 alunos da Escola Piraí, que hoje funciona em prédio cedido pela Secretaria de Estado da Educação.

O lar foi fundado há 48 anos em Piraí do Sul e abrigou centenas de crianças e adolescentes, inclusive portadores de necessidades especiais, durante o período. Em março do ano passado foi interditado pela Justiça, que se baseou num laudo da Vigilância Sanitária que indicava riscos à saúde dos internos. A ex-diretora Alegria Ortega e as ex-funcionárias Aurora Cortês e Valeri Lima Ribeiro foram presas. Hoje, respondem a dois processos em liberdade por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.

Um processo corre na Vara Criminal, que avalia denúncia de desvio de benefícios previdenciários que deveriam ser repassados aos internos com necessidades especiais. Outro tramita na Vara da Infância e da Juventude e investiga denúncia de tortura contra uma interna. Ambos estão em andamento e ainda não têm previsão para serem concluídos, segundo a promotora Maria Luíza Correa de Mello.

Das 80 crianças e adolescentes atendidos na época da interdição, 73 retornaram para as comarcas de origem, enquanto que as sete que não tinham como voltar para casa estão na Casa Lar, da prefeitura. O abrigo municipal atende menores de 18 anos.

Além do abrigo, o prédio onde funcionava o atendimento administrativo do Exército da Salvação também será vendido ao município, por R$ 735 mil. O secretário municipal de Finanças, Cézar Roberto Weigert, afirma que a prefeitura já dispõe de dotação orçamentária e falta apenas a assinatura da escritura para oficializar a venda dos dois imóveis. O segundo prédio será ocupado por secretarias municipais, depois de uma pequena reforma. A economia gerada para o município será em torno de R$ 5 mil mensais, já que as secretarias hoje funcionam em prédios alugados.

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