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Medicamentos controlados

Abrigo para crianças interditado em Colombo alega pré-julgamento e promete manifestação

Funcionários da casa de acolhida de Colombo interditada nesta terça-feira (1º) pela Justiça e membros da Rede de Instituições de Acolhimento de Curitiba e Região (RIA) farão uma manifestação em solidariedade à instituição na manhã desta quinta-feira (3).

A Justiça interditou o estabelecimento por suspeitas de uso irregular de medicamentos controlados em crianças. A manifestação ocorrerá por volta das 11h30 da manhã na Praça Nossa Senhora do Rosário, em Colombo.

Segundo o Ministério Público do Paraná, autor da investigação, 30 crianças e jovens estavam no local no momento da interdição. Destes, dez faziam uso dos medicamentos. O MP investigou, a partir de denúncias, que os responsáveis pela casa davam medicamentos de forma contínua para ter controle sobre esses adolescentes e crianças. De acordo com o MP-PR, as substâncias podem causar dependência física e psíquica.

Também havia indícios de isolamento das crianças consideradas com problemas comportamentais.

A assessoria de imprensa da casa informou que a instituição de acolhida não teve acesso ao processo e considera que está sendo pré-julgada. “Desde o mês de junho está sendo feito o pedido de acesso ao processo ao Poder Judiciário, sem atendimento até às 17h45 da data de hoje [quarta-feira]”, explica a nota emitida pela casa.

O texto ainda promete que a instituição deverá se manifestar assim que tiver conhecimento do teor da denúncia. O processo corre em segredo de Justiça. Por isso, o nome do lar ainda não foi revelado. Enquanto está interditada a instituição de Colombo, as crianças e adolescentes foram transferidos para casas de acolhimento de Curitiba.

Histórico

No dia 20 de maio, foi cumprido um mandado de busca e apreensão instituição. Foram apreendidas receitas médicas e planilhas de controle de medicamentos psiquiátricos. De acordo com o MP-PR, os documentos apreendidos faziam referência a 12 medicamentos e a dez crianças. Em outro mandado, o MP-PR recolheu também as substâncias que eram dadas aos abrigados.

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