Brasília (Folhapress) – O Conselho de Ética da Câmara sofreu a primeira baixa provocada pela decisão do plenário da Casa, que na noite de quarta-feira rejeitou os relatórios que pediam a cassação dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Foi o deputado Colbert Martins (PPS-BA), suplente de Júlio Delgado (PSB-MG), que, revoltado, decidiu não mais fazer parte do colegiado.

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A expectativa é de que mais três deputados deixem o Conselho no próximo mês: Edmar Moreira (PFL-MG), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG).

Edmar Moreira avisou que vai deixar o colegiado assim que encerrar o processo relatado por ele contra o deputado José Mentor (PT-SP). Chico Alencar disse que vai deixar o Conselho depois de encerrados todos os processos em andamento no órgão. Já o deputado Júlio Delgado propôs a renúncia coletiva de todos os integrantes do colegiado. A proposta foi rejeitada.

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"Não me sinto mais confortável para ficar no Conselho. As ações do Conselho deixaram de ter sentido", afirma Colbert Martins.

O deputado do PPS alega que o plenário decidiu votar pela cassação dos deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP) por pressão e absolver deputados que admitiram ter recebido dinheiro de caixa 2. "Os membros do conselho são eleitos para evitar pressão. Isso é o que não está ocorrendo. Os partidos não estão respeitando o Conselho."

Ao mesmo tempo em que a absolvição de Brant e Luizinho gerou revolta no Conselho de Ética, a decisão da Câmara deu um novo alento aos deputados "cassáveis". Um dos mais entusiasmados é o deputado João Magno (PT- MG). "Tenho confiança que o plenário também me fará justiça", afirmou Magno.

Outro deputado que viu suas esperanças renascerem foi o presidente nacional do PP, Pedro Corrêa (PP-PE).

Corrêa disse que sempre acreditou na possibilidade de absolvição, já que o voto é secreto. "No voto secreto não há pressão sobre os deputados."

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O deputado José Mentor (PT-SP) também reconhece que está mais otimista. "A votação de ontem (quarta-feira) foi um recado que a Câmara dos Deputados deu. Cada caso será julgado de forma diferente", afirmou Mentor.