Pesquisa realizada em 399 cidades do Paraná, pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude, aponta que 92% da violência praticada contra crianças e adolescentes no estado se concentram na zona urbana. Na maioria das vezes os agredidos são do sexo masculino, de cor branca e os agressores são da família da vítima. As informações foram apresentadas ontem, em Curitiba, durante seminário sobre as violações dos direitos das crianças e adolescentes.
De acordo com o coordenador-geral da pesquisa, o professor Paulo Vinícius Baptista Silva, a linha de atuação foi a de diagnosticar os vários tipos de violações e identificar os agentes violadores dos direitos fundamentais. As violações por categoria de análise tiveram como base a região de moradia, a faixa etária, o sexo, a cor e agentes violadores de direitos.
Segundo a pesquisa, que usou como base os dados de 2006, no estado do Paraná foram registrados 55.646 violações contra crianças e adolescentes no ano analisado. Em Curitiba e demais municípios da região metropolitana, foram 6.590 casos.
Na questão envolvendo a inadequação do convívio familiar, a pesquisa apontou que o principal problema está na violência psicológica, com 2.992 casos, quando o agente violador é a família. Em segundo lugar o convívio com drogas químicas e álcool, e em terceiro a violência física, com 1.349 casos apontados.
No que diz respeito à educação, cultura, esporte e lazer, os principais problemas encontrados foram a falta de acesso ao ensino fundamental, ausência de creches e escolas e atos atentatórios ao exercício da cidadania, como o impedimento de acesso à escola, com 15,42% dos casos, e permanência no sistema escolar, com 26,42%.
Vítimas
No mês passado, pelo menos quatro casos de violência contra crianças foram identificados no Paraná. O caso de Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, de 9 anos, cujo corpo foi encontrado em uma mala abandonada na Rodoferroviária de Curitiba, ganhou repercussão nacional. Até hoje a polícia não conseguiu identificar o autor do crime. Também na capital, Lavínia Rabeche da Rosa, 9, foi estrangulada por um conhecido da família, en-quanto dormia ao lado da irmã mais nova.
Pâmela Diele Pedro dos Santos, de 3 anos, foi assassinada em Querência do Norte, Noroeste. O autor do crime foi preso e teria confessado que matou por vingança. Em Castro, nos Campos Gerais, Alessandra Subtil Betim, 8, morreu estrangulada.
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