O senhor lerá nesta quarta seu parecer sobre os trabalhos da Comissão Especial que discute a maioridade penal. Quais as conclusões que chegou?
Ainda não posso adiantar nada agora. Hoje, estou pegando os deputados na casa, conversando.
Reportagem publicada no final de semana mostrou que o país tem poucos dados sobre o assunto. E o próprio ministro da Justiça concordou. O senhor acredita que o país tem dados suficientes que justifiquem uma redução da maioridade penal?
Nós temos estatísticas para nossos pronunciamentos e elas são todas fidedignas. São estatísticas diversas.
E essas estatísticas indicam qual caminho?
Nenhuma estatística deixa de incluir ou não [determinado caminho].
Mas o senhor assina uma PEC que tenta reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. Qual sua posição sobre o tema?
Minha posição pessoal sempre foi de reduzir. Porque eu acho que vai reduzir a criminalidade juvenil.
De que forma?
Acabando com a impunidade você inibe [o crime], né?. Hoje ele comete crime porque sabe que tem a impunidade. Vai reduzir o universo dos maiores que recrutam menores.
Mas o próprio ministro chamou nossas cadeias de medievais...
Mas isso todo mundo sabe que é, ué. Mas eles serão colocados em regime separado.
E o que o senhor acha de propostas como a do governador Geraldo Alckmin para aumentar o tempo de apreensão sem reduzir a maioridade?
Três anos já não resolve. Ninguém fica os três anos. Você acha que [o adolescente] vai cumprir oito?
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