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Ao discursar durante manifestação deste domingo (26), que lotou a Avenida Paulista, em São Paulo, a viúva de Cleriston Pereira - preso do 8/1 de faleceu na Papupa - pediu "Justiça" e disse que a morte do esposo acabou com os sonhos da família.
Ainda muito abalada, Jane Duarte, de 45 anos, falou ao microfone em cima de um caminhão ao lado das filhas, de amigos e de parlamentares.
“Hoje, estou aqui em luto, mas meu coração se alegra em ver essa coisa linda que está aqui. A nossa luta não vai acabar. Meu esposo não é criminoso, ele não é bandido. Ele foi preso de uma forma injusta. Mataram meu Clezão (como Cleriston era chamado pela família e por amigos) e eu tenho sede de Justiça. Tiraram dele (a oportunidade) de ver as filhas se formando… Acabaram os sonhos da nossa família [...] Hoje, nós somos incompletos”, disse Jane.
O discurso da viúva foi compartilhado nas redes sociais pelo pastor Silas Malafaia, que também estava ao lado dela durante a manifestação.
Além do pedido de “Justiça” por Clezão, os manifestantes, em sua maioria vestindo verde a amarelo ou portando bandeira do Brasil, tinham como pautas principais a defesa da liberdade, do Estado Democrático de Direito e dos direitos humanos.
O ato do domingo (25) foi organizado pela oposição em reação à morte de Clezão, que ficou preso por 10 meses mesmo com laudos médicos apontando risco de morte súbita em decorrência de seu estado de saúde delicado.
Clezão morreu no dia 20 deste mês enquanto tomava banho de sol na Papuda.
Devido a comorbidades, Cleriston chegou a receber do Ministério Público Federal (MPF) um parecer favorável a sua soltura. O pedido de liberdade provisória foi encaminhado a Moraes no fim de agosto e aguardava análise do ministro.