São Paulo O Corpo de Bombeiros interrompeu ontem as buscas a possíveis vítimas do desabamento nas obras da estação Pinheiros do metrô (na zona oeste de São Paulo) e, uma semana depois do acidente, aguarda orientação da Polícia Civil sobre a retomada dos trabalhos.
Seis corpos foram retirados dos escombros. Familiares do office-boy Cícero Augustino da Silva, 58 anos, que desapareceu no dia 12 quando ocorreu o acidente , dizem acreditar que ele também tenha sido soterrado. A polícia ainda investiga o paradeiro de Silva (leia nesta página).
As equipes do Corpo de Bombeiros, porém, permanecem no local do acidente. Eles passaram a acompanhar a limpeza do terreno, feita pelo Consórcio Via Amarela responsável pelas obras. As duas cadelas farejadoras que auxiliavam na localização de vítimas foram retiradas da área do desabamento.
Indenização
As famílias dos passageiros do microônibus da Transcooper serão indenizadas em R$ 100 mil pela cooperativa. A empresa diz que as indenizações são referentes a danos morais e materiais. Já as famílias do motorista e do cobrador receberão R$ 29 mil cada uma.
As cerca de 120 pessoas desalojadas com o acidente ainda devem esperar alguns dias para voltar para suas casas. Elas permanecem em hotéis. De acordo com a Defesa Civil, os imóveis residenciais que estão interditados só serão liberados após o desmonte da grua e de nova vistoria.
Guindaste
A partir das 23 horas de hoje e até as 5 horas de segunda-feira a marginal Pinheiros será interditada para a retirada de parte do guindaste que está na área do acidente. O prefeito Gilberto Kassab (PFL), em visita ao local do desmoronamento, disse que a interdição é necessária por questões de segurança. "O tráfego de veículos neste momento poderia ser prejudicial e até trazer riscos para os motoristas", afirmou.
A retirada do guindaste de 120 toneladas e 40 metros de altura começou ontem e deve durar cinco dias. No horário de interdição da avenida será feita a desmontagem de um braço de 80 metros preso ao guindaste.
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